A família Brittes acompanha na tarde desta segunda-feira (18) a primeira audiência de instrução e julgamento que vai definir se os sete acusados de envolvimento na morte do jogador Daniel irão ou não a júri popular.
As primeiras a chegar ao Fórum de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, por volta de 14h05, foram Cristiana Brittes e Allana Brittes, esposa e filha do assassino confesso do atleta, o empresário Edison Brittes Jr. Elas estão presas no Presídio Feminino de Piraquara. Logo na sequência, chegaram da Casa de Custódia de São José dos Pinhais Edison e mais três acusados: Eduardo Henrique da Silva, Ygor King e David Willian da Silva.
- Vídeo - assista à família Brittes e os outros réus chegando ao Fórum
Todos os acusados estavam algemados e foram escoltados pela polícia até o fórum. Na audiência desta segunda, dedicada aos depoimentos das testemunhas de acusação, nenhum dos réus será ouvido pela juíza Luciana Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais. Entretanto, a Justiça permite que os réus conheçam sua acusação por inteiro. Por isso, todos foram autorizados a acompanhar o primeiro dia de audiência.
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Os depoimentos começaram por volta de 15h.O primeiro a depor foi o jovem Lucas Mineiro, que presenciou as agressões a Daniel na casa dos Brittes. Entre as testemunhas que prestarão depoimento nesta segunda-feira estão familiares do jogador Daniel. Vão depor nesta segunda a mãe do atleta, Eliana Aparecida Corrêa Freitas, a tia, Iolanda Regina Corrêa de Assis, e a ex-mulher dele, Bruna Larissa Ferreira Martins.
A sala onde a juíza irá ouvir as testemunhas é pequena. Com isso, dona Eliana e Edison Brittes Jr deverão ficar a apenas 3 m de distância um do outro. Este será o primeiro encontro da família de Daniel com Edison e os outros acusados do assassinato.
Logo após o assassinato, antes de confessar o crime à Polícia Civil, Edison chegou a ligar para familiares e amigos de Daniel para consolá-los pela morte. Gravações telefônicas feitas no dia 29 de outubro, dois dias depois que a Polícia Civil começou a ouvir os primeiros depoimentos na investigação, mostram que Brittes chegou a lamentar a morte do atleta diversas vezes e até consolou a família oferecendo ajuda. Mais tarde, a polícia descobriu que o chip do celular que Brittes usou para estas ligações pertencia a um homem executado a tiros em 2016 por envolvimento com receptação de veículos e adulteração de placas.
Acusações
Edison é acusado de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilitando a vítima de defesa), ocultação de cadáver, coação de testemunhas, fraude processual e corrupção de adolescentes. Cristiana é acusada de homicídio qualificado por motivo torpe, coação de testemunhas, fraude processual e corrupção de adolescente. Já Allana Brittes responde por fraude processual, coação de testemunhas e corrupção de adolescente.
Os outros quatro réus do processo também devem acompanhar a audiência desta segunda-feira. Além da família Brittes, fazem parte do processo os jovens Eduardo Henrique da Silva, Ygor King e David Willian da Silva, acusados de terem participado ativamente da execução do jogador. Os três respondem por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de adolescente. A última acusada é Evellyn Brisola Perusso, que não chegou a ser indiciada pela polícia, mas teve acusação do Ministério Público do Paraná (MPPR) aceita pela Justiça. Ela é a única que responde em liberdade - as acusações são falso testemunho e denunciação caluniosa.
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