Sandro Godoy morreu picado por uma cobra enquanto fazia uma trilha ecológica no Panamá no dia 27 de outubro.| Foto: reprodução Facebook

Após quatro dias de angústia e sem notícias, familiares do montanhista curitibano Sandro Godoy, que morreu picado por uma cobra enquanto fazia uma trilha ecológica no Panamá, conseguiram entrar em contato com terceirizada responsável pelo translado do corpo para o Brasil. A empresa estava incomunicável desde sexta-feira (1.°) por causa de um feriado prolongado no Panamá.

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O corpo foi embarcado na tarde desta segunda-feira (4) e deve chegar no Brasil na madrugada de terça (5), no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Segundo os familiares do montanhista, eles conseguiram contato com um superior da empresa e ele então acionou uma equipe para realizar os procedimentos necessários para o translado.

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O velório do corpo de Sandro Godoy está marcado para terça-feira (5), às 22h (o horário foi atualizado pela família, que anteriormente havia repassado que a cerimônia aconteceria às 14h), na Igreja Batista Independente, na Rua Dr. Manoel Francisco Ferreira Corrêa, 97, no bairro Portão, em Curitiba.

O embarque ocorreu por volta das 15h (horário de Brasília) e deve chegar por volta das 1h da madrugada de terça, em Guarulhos. A família espera que o corpo seja transportado ainda durante a madrugada, o que ainda não se sabe será possível por causa de regras da Anvisa. Uma funerária curitibana irá fazer o transporte do corpo do aeroporto até a capital paranaense.

Os familiares, que fizeram campanha e arrecadaram dinheiro para trazer o corpo de Sandro Godoy do Panamá, há esperança de que o funeral possa ocorrer com o caixão aberto e, por isso, eles não querem esperar até a manhã de terça para que isso seja feito.

O acidente

Sandro Godoy morava no Panamá havia um ano e estava fazendo uma trilha ecológica com sua namorada, Queila Souza, quando ela escorregou de uma pedra na montanha Cerro Trindade, localizada no distrito de Capira.

Ela bateu a cabeça e ficou desacordada. Quando recobrou a consciência, já era noite e, como não conseguia enxergar nada e estava ferida, esperou o dia amanhecer. Com cortes no pé a na cabeça, subiu até a pedra de onde caiu para encontrar o namorado. “Quando cheguei lá em cima vi que ele estava deitado. Pensei que talvez ele estivesse dormindo e comecei a chamá-lo”. Mas notou o corpo do montanhista estava gelado, com as mãos roxas, pois já estava morto.

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Então ela desceu a montanha para procurar ajuda. Ela não soube dizer quanto tempo demorou até chegar ao pé do morro. Queila encontrou ajuda na estrada, que a levou até o Corpo de Bombeiros do local.

Familiares e amigos souberam do falecimento na segunda-feira (28) e fizeram campanha nas redes sociais para trazer o corpo para o Brasil. A ex-esposa do montanhista, a auxiliar administrativa Eva Fabiane de Moraes, 44 anos, conta que ele era experiente e há anos fazia trilhas pela América Latina.