A morte de 21 macacos em São José dos Pinhais fez com que a cidade da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) entrasse em estado de alerta para a febre amarela. Dessas duas dezenas de símios identificados até então, nove deles foram confirmados com o vírus, segundo informações da Divisão de Vigilância Epidemiológica do município e da Unidade de Vigilância de Zoonoses.
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A principal preocupação é que apenas 40% dos moradores da cidade buscaram a vacina contra a doença. Até agora, dois casos já foram confirmados em humanos — sendo um deles autóctones, ou seja, contraiu a doença em São José dos Pinhais. O outro foi contaminado em Barra do Turvo, em São Paulo.
“O vírus da febre amarela, que culturalmente era visto como uma doença da Região Norte e Nordeste do país, hoje está à porta de nossas casas. Os casos de animais mortes na região rural de São José dos Pinhais servem de alerta para humanos”, aponta o secretário de Saúde do município, Giovani de Souza. “A aplicação da vacina uma vez na vida é suficiente para o paciente estar imune à doença”.
De acordo com a pasta, toda a população deve ser vacinada — principalmente as pessoas que residem em área rural. Pessoas acima de 59 anos podem também tomar a vacina desde que sejam avaliadas na Unidade de Saúde. A relação dos locais de vacinação pode ser conferida no site da prefeitura de São José dos Pinhais.
Outro alerta importante é para a população não matar os macacos. Atenção: os macacos não são transmissores da febre amarela, mas, assim como os homens, são contaminados por mosquitos. O macaco é uma sentinela que indica a presença da doença em uma determinada região.
Vacinação em Curitiba
Em Curitiba, três unidades básicas de saúde (UBS) vão estar abertas neste fim de semana para vacinar a população contra a febre amarela. Neste sábado (13), as unidades Monteiro Lobato (Tatuquara), Caiuá e Jardim Gabineto (CIC) vão estar de portas abertas exclusivamente para atender quem busca a imunização.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, a vacinação neste mês de abril vai se concentrar nas unidades da região Sul de Curitiba, onde já áreas silvestres do chamado “corredor ecológico” e pode haver proliferação do mosquito transmissor da febre amarela.