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Cinco casos de febre amarela foram confirmados pelo governo do Paraná em 2019. | Raquel Portugal e Rodrigo Méxas/FIOCRUZ
Cinco casos de febre amarela foram confirmados pelo governo do Paraná em 2019.| Foto: Raquel Portugal e Rodrigo Méxas/FIOCRUZ

Um homem de 64 anos, morador de Morretes, no Litoral do Paraná, morreu em um hospital de Curitiba em decorrência da febre amarela nesta quarta-feira (6). O idoso procurou atendimento médico ainda na cidade litorânea, passou por exames e na sequência havia sido transferido para Curitiba de helicóptero. As confirmações de que se tratava de um caso febre amarela e de que o paciente veio a falecer foram repassadas à Gazeta do Povo pela secretária de Saúde de Morretes, Lúcia Shingo.  

A vítima morava na localidade rural de Candonga, em Morretes. Segundo a secretária, o município havia notificado a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) sobre o caso suspeito de febre amarela. Além da transferência para Curitiba, uma amostra de sangue foi enviada para o Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen) para ser analisada. As confirmações oficiais do estado do Paraná do caso e da morte devem ocorrer somente na quinta-feira (7).

Leia abaixo sobre os sintomas da doenças e onde se vacinar em Curitiba

Lúcia ressalta que todas as pessoas entre 9 meses e 59 anos têm orientação para tomar a vacina contra a febre amarela gratuitamente nas unidades básicas de saúde. Em Morretes, são nove postos de saúde, que funcionam das 8 às 12h, e das 13h às 17h – Centro, Sambaqui, Anhaia, Rodeio, Candonga, Porto de Cima, Carambiu, Porto de Cima e América de Baixo. Pessoas a partir de 60 anos precisam apresentar uma prescrição médica que as liberem para ser imunizadas. Com esse documento, receberão a vacina normalmente.

A prefeitura de Morretes ainda informa que na região de Candonga, onde vivia o homem que morreu nesta quarta-feira, foi intensificada a investigação para saber se o homem contraiu a doença lá mesmo ou se viajou para algum local em situação epidêmica. Ainda não se sabe se ele havia tomado a vacina ou não. 

Macacos

Esse caso ocorre quatro dias depois de a prefeitura de Morretes confirmar a morte de um macaco causada por febre amarela. O animal contaminado foi encontrado na região de São João da Graciosa - região diferente da que vivia o idoso que morreu - e a confirmação do motivo da morte foi dada no último sábado (2).

Antes dessa morte, outros cinco casos de febre amarela foram confirmados no Paraná: em Antonina e Campina Grande do Sul – nesses dois a contaminação ocorreu em Guaraqueçaba –, Adrianópolis e Curitiba.

Sintomas e transmissão

O principal sintoma da doença é o início repentino de febre. Outras condições também estão associadas, como dor de cabeça, náusea, vômitos, dor articular, dor abdominal, dor lombar, icterícia ou hemorragias.

A doença é transmitida pela picada de mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes (febre amarela silvestre) e Aedes aegypti (febre amarela urbana), que carregam o vírus. Os macacos não transmitem a doença e são contaminados da mesma forma que os humanos. Os animais são sentinelas e podem indicar a presença da doença. Mesmo com suspeitas de contaminação, eles não devem ser mortos.

Vacina em Curitiba

A vacina da febre amarela é oferecida em 110 unidades de saúde de Curitiba, de segunda a sexta-feira. Além disso, algumas unidades abrem aos sábados neste mês, de acordo com um cronograma pré-estabelecido, para oferecer a vacina.

Dia 9 de março

8h às 13h - Unidade de Saúde Caximba (Rua Del. Bruno de Almeida, 7.881, Caximba)

8h às 12h - Unidade de Saúde São José (Rua Piraí do Sul, 280, CIC)

8h às 12h - Unidade de Saúde Barigui (Rua Arthur Martins Franco, 5.516, CIC)

Dia 16 de março

8h às 12h - Unidade de Saúde Jardim Gabineto (Rua Eng. João Visinoni, 458, CIC)

Ao todo, 700 mil já pessoas foram imunizadas na capital nos últimos dez anos, o equivalente a cerca de 42% da população. Só neste ano, foram aplicadas de 1 de janeiro até 22 de fevereiro, 167.656 doses da vacina. A imunização é mais um fator que contribui para que Curitiba siga sem a circulação do vírus.

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