Feirantes de Curitiba estão apostando no serviço de encomendas via WhatsApp para atender ao público em tempos de Covid-19. Mesmo com as 87 feiras da capital em funcionamento, a diminuição do movimento fez com que os comerciantes buscassem alternativas para seguir com as vendas. Frutas, verduras, peixes, embutidos e comidas prontas são alguns dos produtos oferecidos. Entregas podem ser feitas a domicílio ou no sistema take away.
Com a diminuição drástica de cerca de 70 a 80% no movimento das feiras por conta do período de quarentena, os feirantes da capital paranaense estão dando a opção de facilitar ao máximo a compra dos clientes. Há feirantes que, inclusive, estão preocupados em se ajudar em tempos de crise, como explicou Sergio Koga, que há 50 anos se dedica à venda de peixes nas feiras de Curitiba.
“Senti uma queda pela metade nas vendas. Pensamos em algumas alternativas e uma delas foi atender via WhatsApp. Temos muitos clientes idosos, então eles pedem e já deixamos separado para algum parente ir retirar. Cada feirante atende seu cliente, já conhecemos bem o gosto de cada um, então pegamos as mercadorias uns dos outros e depois nos acertamos”, explicou.
O sistema de ajuda inclui entrega. Os feirantes também se revezam entre as regiões da cidade para levar os produtos de todos os feirantes com encomendas aos consumidores.
Koga diz que a estratégia tem dado certo e que não para de receber mensagens. Ele deixa os produtos separados e os clientes só retiram (sistema take away).
“Pela manhã estou na feira e à tarde no depósito que tenho ao lado de casa. Estou recebendo mensagens o dia inteiro. É uma alternativa ótima para todos”, contou.
Pessoalmente
Para quem ainda deseje ir pessoalmente e escolher seus alimentos, o gerente de Feiras da Secretaria Segurança Alimentar e Nutricional, Luiz Maskow, explica que os feirantes estão preparados para realizar os atendimentos com segurança.
“Os feirantes passam constantemente por cursos obrigatórios sobre manipulação de alimentos. Além disso, foram orientados e estão disponibilizando álcool em gel, e fazem toda a higienização após qualquer tipo de contato com comidas ou objetos. Vale lembrar que as feiras acontecem em locais abertos e arejados, ao contrário dos supermercados, por exemplo”, enfatizou.
Segundo Maskow, a queda nas vendas dos feirantes da capital - segundo ele que vai de 70 a 80% - é mais sentida nas feiras noturnas.
"Na última sexta-feira tivemos uma feira noturna praticamente sem nenhum movimento e os feirantes chegaram a chorar. Eles foram criticados por irem trabalhar, mas apenas estavam buscando o sustento", relatou.
Para driblar essa situação, os comerciantes também das feiras noturnas estão trabalhando com atendimento via WhastApp e até aplicativos.
Em contrapartida, o setor de orgânicos tem se mantido em alta, uma vez que existe a procura por alimentos saudáveis no período de combate à Covid-19. Os atendimentos on-line também têm sido responsáveis por grande parcela das vendas.
Na capital paranaense, são 389 feirantes que trabalham em feiras abertas de terça-feira a domingo, incluindo feiras livres, gastronômicas, orgânicas e noturnas.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Teólogo pró-Lula sugere que igrejas agradeçam a Deus pelo “livramento do golpe”
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”