Apesar de a greve dos caminhoneiros estar próxima do fim nesta quinta-feira (31), com nenhum ponto de bloqueio nas rodovias federais do país, o comércio ainda sente os impactos dos dias de paralisação. Em Curitiba, o Mercado Municipal abriu com o estoque de produtos comprometido e a tradicional feirinha do Ahú aconteceu sem nenhuma barraca de frutas ou verduras. A situação, porém, deve se normalizar nos próximos dias.
No Mercado Municipal, algumas bancas estavam fechadas na manhã desta quinta-feira e outras, como a da empresária Mônica Yamasaki, apresentavam diversas prateleiras vazias. “Não recebemos nada desde a semana passada, então não temos mais estoque disponível. Espero que amanhã volte tudo ao normal.”
Assim como Mônica, a empresária Sidneia Bernardi também aguarda por carregamentos de produtos nesta sexta-feira (1). “Eu trabalho no Mercado Municipal há 27 anos e nunca tinha visto um desabastecimento como esse. Foi muito preocupante”, disse Sidneia.
Além da falta de frutas e verduras, as bancas que atendem no Mercado Municipal de Curitiba ainda estão com baixo estoque de carnes, ovos e laticínios. “Recebemos alguns cortes como alcatra e costela na tarde de quarta, mas ainda falta bastante coisa, que é pra chegar na sexta” informou o açougueiro Almir Schilipacke.
Já quem trabalha com ovos não sabe quando vai receber um novo carregamento do produto. “Está em falta. Conseguimos algumas bandejas hoje, mas a procura é alta e não sabemos ainda quando vamos repor”, afirmou o empreendedor Diego Tutumi, que está negociando 30 ovos por R$ 14.
Laticínios como queijo fresco, ricota, gorgonzola e creme de leite fresco também faltam nas bancas. “Acreditamos que levará ainda uma semana para conseguirmos repor completamente nosso estoque”, alertou o empresário Fernando Pavanelli.
Feirinha do Ahú
A tradicional feirinha do Ahú também sofreu os impactos da greve. Ela aconteceu nesta quinta-feira (31) sem nenhuma barraca de frutas ou verduras. Devido ao desabastecimento dos últimos dias, os feirantes não tinham produtos para vender e diversos espaços ficaram vazios. A empresária Janete de Goes montou seu stand de bolachas ao lado de um desses espaços. “Aqui do meu lado ficam, em média, oito stands de hortifrúti. Hoje está vaziu”, disse a empreendedora, que também está com produtos em falta. “Eu recebo muita coisa de Minas Gerais, só que não chegou nada está semana”.
Os stands que trabalham com queijos e salames também estavam com os estoques em baixa. O empresário Luan Kramer, por exemplo, costuma expor produtos nos dois lados do seu stand, mas não tinha produtos suficientes para isso. “Desde sábado, eu não recebo os queijos e defumados que vêm do Norte do Paraná, de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina”. Segundo ele, a situação deve continuar até semana que vem, já que os primeiros carregamentos começarão a chegar na terça (5).
Ja no stand Nivaldo & Marli Frios, os carregamentos que estão chegando precisam ser enviados de volta, pois já passaram da validade. “São produtos frescos como queijo e ricota, que vêm de Minas Gerais”, explicou a gerente Andressa Slompo. A previsão dela é que os estoques estejam normalizados na semana que vem.
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