Um fenômeno raro vai ocorrer no céu do Brasil na próxima segunda-feira (21): a Superlua de Sangue. O evento astronômico será visível a olho nu em Curitiba e chama a atenção justamente pela conjunção de fatores que o torna tão único, já que o eclipse total lunar acontece durante uma superlua, quando o satélite está mais próximo da Terra. Esse tipo de coincidência é tão singular que algo assim só vai se repetir daqui a 18 anos, em janeiro de 2037.
Quem quiser ver o eclipse, porém, vai precisar madrugar. A fase preliminar do fenômeno começa às 0h36, mas a sombra passa a sobrepor a Lua às 1h34. O ápice está marcado para às 2h41, quando o satélite da Terra estará totalmente coberto e ficará totalmente avermelhado.
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Para assistir ao fenômeno, não é necessário usar nenhum equipamento ou método de proteção, já que ele não causa nenhum problema de visão. Quem tiver um binóculo ou telescópio, poderá ver a Superlua de Sangue com mais detalhes.
O astrônomo e diretor do Parque da Ciência, Anisio Lasievicz, explica que a Lua da próxima segunda-feira deve ser 10% maior e entre 20 e 25% mais brilhante que o normal. “Superlua é um nome mais bonito para a Lua cheia, quando ela está mais próxima do Terra. Assim como a Terra se afasta em alguns momentos do Sol, a Lua se afasta e se aproxima da Terra”, diz.
O fenômeno deve ser ainda mais interessante pela coloração avermelhada do eclipse. Isso ocorre porque, apesar de a Lua ficar na sombra da Terra, uma parcela da luz solar passa pela atmosfera terrestre, que age como um filtro e retira parte da energia da luz. Assim, as cores branca e amarela ficam vermelhas.
O apelido Superlua de Sangue vem de antigas civilizações, que viam o fenômeno como prenúncio de tempos ruins. “A ideia da Lua de Sangue vem dos povos mais antigos que associavam o vermelho da lua com o sangue. Era um fenômeno mal visto, associado ao fim dos tempos. Muitas civilizações acreditavam que a Lua de Sangue traria do céu uma série de males”, completa Lasievicz.
O eclipse ficará visível em todo continente americano e no norte da Europa. Na África e no restante da continente europeu, o fenômeno será parcialmente visível.
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