Imagens de uma festa clandestina que circularam pelas redes sociais na noite da última sexta-feira (8), em Curitiba, em plena pandemia de coronavírus, preocupam a diretoria do Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares de Curitiba (SindiAbrabar). A festa teria ocorrido no bairro Campo Comprido, organizada por aplicativo de mensagens e promovida com o uso do nome de uma casa noturna da capital. Havia cerca de 100 pessoas reunidas no endereço.
Decretos em vigor no Paraná e em Curitiba proíbem a aglomeração de pessoas para evitar o contágio por coronavírus. Mesmo assim, o SindiAbrabar diz que festas clandestinas sempre ocorreram, mas agora parecem estar mais frequentes porque as casas noturnas estão fechadas em Curitiba e Região Metropolitana. O sindicato pede uma atuação mais intensa da Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu).
Fábio Aguayo diz que uma das preocupações é o uso do nome de casas noturnas para promover os eventos clandestinos. Para ele, isso afeta a imagem desses estabelecimentos, que estão fechados desde que o isolamento social começou na capital. “É claro que nos preocupa o perigo de contágio nesses eventos. Festas que estão fora dos olhos da lei, das fiscalizações, fazem avançar essa pandemia e estragam a imagem do nosso setor”, reclama Aguayo.
“Muitos empresários estão passando por dificuldades seríssimas, inclusive com encerramento de atividades e endividamento altíssimo. Quando vemos festas assim, em chácaras, apartamentos e locais secretos, isso nos assusta”, aponta o presidente.
Para evitar que esses eventos clandestinos se multipliquem sem controle, o SindiAbrabar pede uma ação mais pesada da Aifu. “Essas ações não podem se concentrar somente em CNPJs. É preciso que as autoridades fiquem atentas no que se organiza pela internet”, critica Aguayo.
A Aifu é uma ação de fiscalização que reúne diversos órgãos da prefeitura de Curitiba e da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp). As áreas abrangidas incluem, por exemplo, as da saúde, segurança, meio ambiente, urbanismo, infância e ação social. Denúncias podem ser feitas pelo telefone 156 da prefeitura.
Festa clandestina
Circularam, pelas redes sociais, fotos e vídeos da suposta festa clandestina de sexta-feira (8). Pelas imagens divulgadas em perfis públicos (algumas apagadas depois), foi possível reparar a presença de DJ, pessoas aglomeradas, bebidas e até uma piscina disponível. io.
No sábado (9), por meio de nota, a casa noturna que teve o nome utilizado se posicionou sobre as acusações de que estaria realizando festas clandestinas durante a pandemia. A casa informou que vai analisar as postagens e tomar as medidas legais cabíveis e que “não possui qualquer vínculo com o ocorrido assim como repudia todo e qualquer tipo de organização festiva e aglomeração de pessoas conforme orientações e determinação da Organização Mundial da Saúde – OMS”.
O texto ainda ressalta o Decreto Legislativo nº 6, publicado em 20 de março de 2020, que reconhece o estado de calamidade pública em todo o território brasileiro, e informa que o estabelecimento “suspendeu todas suas atividades desde a referida data conforme informações publicadas oficialmente em todas suas redes sociais, de fácil constatação, estando devidamente fechada desde então, não realizando qualquer tipo de atividade ou evento, muito menos de natureza prejudicial à saúde de toda a população devido a pandemia que assola o país e todo mundo diante da proliferação do vírus da [coronavírus] covid-19”.
Sobre o pedido do SindiAbrabar para aumento das ações da Aifu e demais fiscalizações no município, a prefeitura informou que fará um balanço de todas as fiscalizações realizadas durante este fim de semana, desde a sexta-feira até o domingo. Os dados das várias áreas de atuação deverão ser analisados na segunda-feira (11).
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