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Edison Brittes Junior afirmou que foram consumidas 35 garrafas  de Vodka no aniversário da filha Allana. | Reprodução/Instagram
Edison Brittes Junior afirmou que foram consumidas 35 garrafas de Vodka no aniversário da filha Allana.| Foto: Reprodução/Instagram

A Polícia Civil de São José dos Pinhais informou, em coletiva de imprensa na sexta-feira (9), que o valor gasto pela família Brittes no aniversário de 18 anos de Allana – evento que precedeu a morte do jogador Daniel Corrêa de Freitas – chegou perto dos R$ 30 mil.

A festa aconteceu em uma casa noturna localizada no bairro Batel, em Curitiba, e contou com a reserva de dois camarotes e foi regada a muita vodka. Mais especificamente, 35 garrafas, segundo depoimento prestado por Edison Brittes, chamado de “Juninho Riqueza” pelos amigos, à Polícia Civil, na última quinta-feira (8).

A Tribuna do Paraná fez os cálculos com base no cardápio do estabelecimento e concluiu que, apenas com garrafas de vodka, os Brittes teriam gasto um valor entre R$ 8,7 mil e R$ 13 mil, considerando as marcas mais baratas e as mais caras disponíveis no cardápio da casa noturna. Além das bebidas, é possível estimar que a família gastou R$ 4 mil com a reserva de dois camarotes, cujo preço unitário é R$ 2 mil.

Moto apreendida

Na sexta-feira (9), a Polícia Civil apreendeu também uma motocicleta Honda Cbr 1000Rr Repsol, de valor estimado em R$ 60 mil. O modelo esportivo era utilizado por Edison Brittes Jr, pai de Allana e assassino confesso de Daniel, mas na verdade pertenceria a um traficante, segundo o delegado responsável pelo caso, Amadeu Trevisan.

Ostentada pela família, a moto era “famosa” nas mídias sociais de Edison e Cristiana. Os dois, inclusive, costumavam participar de encontros de motociclistas e, segundo a Polícia Civil, o fato de o veículo estar registrado no nome de outra pessoa “suscita muitas dúvidas”. Por isso, agora, a polícia vai levantar mais informações da moto, como a origem exata e como ela foi adquirida. Conforme o andamento dessa averiguação, Trevisan pode abrir mais um inquérito contra Edison.

Sobre a moto, a defesa dos Brittes afirmou que o simples fato de Edison possuir o veículo não configura nenhuma ilicitude. Mesmo reconhecendo o fato de a moto estar registrada no nome de outra pessoa, os defensores do empresário enfatizaram que a compra e venda de bens, mercadorias e patrimônio não configura crime e que as relações interpessoais da família ultrapassam a abrangência da defesa, restrita apenas ao que toca a morte do jogador Daniel.

Edison Brittes usou celular de homem assassinado em 2016

Outro detalhe do caso foi revelado pelo promotor de Justiça do Ministério Público do Paraná (MP-PR), João Milton Sales, em entrevista à RPCTV . Ele disse que Edison Brittes deu os pêsames à família do jogador utilizando o celular de um homem assassinado em 2016, em São José dos Pinhais, mesma cidade onde ocorreu o homicídio de Daniel. Sales questionou: “quem anda com o celular de um morto?”

Seis pessoas devem ser indiciadas pela morte do jogador, segundo o delegado Amadeu Trevisan. Apesar de terem tido papéis diferentes nos eventos que resultaram no assassinato do atleta, todos tiveram uma participação no crime, segundo Trevisan, e serão responsabilizados por homicídio qualificado.

De acordo com o delegado, Edison Brittes foi o principal responsável pelo homicídio e por ameaçar alguns dos envolvidos a o acompanharem até o local onde o corpo do jogador foi deixado, em uma área rural de São José dos Pinhais. Cristiana e Allana Brittes, respectivamente esposa e filha de Edison Brittes, teriam ajudado a acobertar o crime.

Além da família Brittes, Igor King, 19 anos, David Willian da Silva, 18, e Eduardo Henrique da Silva, de 18 anos, primo de Cristina, serão indiciados. Os três estavam no carro com Edison Brittes e Daniel no momento em que ele foi levado para o matagal. O atleta foi espancado, degolado e teve o pênis decepado antes de ter o corpo abandonado.

Daniel teve passagem apagada pelo Coritiba em 2017, prejudicada por lesões. Natural da cidade de Juiz de Fora (MG), teve também passagens por Cruzeiro, Botafogo, São Paulo, Ponte Preta e estava atualmente no São Bento de Sorocaba (SP). O corpo do jogador foi enterrado no dia 31 de outubro na cidade de Conselheiro Lafaiete, também em Minas Gerais.

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