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| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Antes mesmo da atual onda de assaltos, as lojas de celulares e aparelhos eletrônicos já eram a principal causa de preocupação no comércio de Curitiba. Em janeiro, três meses antes da atual sequência de crimes, a Associação Comercial do Paraná (ACP) formou o seu próprio Conselho de Segurança para conter os assaltos nos estabelecimentos. Uma das principais motivações para a criação desse grupo de trabalho, que está em constante contato com as autoridades policiais, foi justamente os assaltos a lojas de celulares.

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“O celular é hoje a grande preocupação do comércio, porque toda loja tem uma revenda, é o produto do momento”, afirma o coordenador do Conselho de Segurança da ACP, Acef Said, que nas duas últimas duas semanas se reuniu três vezes com as autoridades policiais solicitando mais atenção a este tipo de crime. Nesse período foram cinco assaltos em lojas de shoppings da capital.

Said argumenta que o celular se tornou alvo da bandidagem pela conjunção de alto valor financeiro e facilidade de transporte. “Hoje é mais fácil para o bandido roubar uma loja de celular do que um carro. A cada assalto, eles levam praticamente o mesmo valor de um veículo. E não é qualquer carro. É um carro de luxo”, ressalta.

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A ACP pretende divulgar mês que vem um levantamento do prejuízo que este tipo de comércio está tendo com assaltos. “Ainda não temos esse valor, mas ele é alto, sem dúvida. Tem celular que custa R$ 2 mil, R$ 3 mil”, compara.

O representante da ACP diz que os setores de inteligência das polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal estão atentas ao problema. Na reunião da próxima sexta-feira (7) entre a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) e representantes da administração de dez shoppings de Curitiba e Região Metropolitana, bem como lojistas e telefônicas, deve ser anunciado um plano conjunto para conter esse tipo de crime. “Queremos saber para onde vão esses celulares. Se são vendidos aqui mesmo, se vão para outros estados ou se são desmontados para que as peças sejam vendidas”, aponta Said. “Se estão roubando, é porque alguém está comprando”, reforça o representante da ACP.

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