Quem circulou pelas ruas de Curitiba neste final de semana pôde ver que a cidade está muito mais agitada do que alguns dias atrás. Bares, restaurantes, lojas estão com um movimento muito maior, com filas e muita gente circulando. A preocupação é grande, pois a cidade segue na bandeira amarela, o que representa um sinal de alerta com relação à pandemia do coronavírus. Se os números de vítimas seguirem como nos últimos dias, ainda nesta semana Curitiba chegará aos 1.000 mortos por Covid-19.
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No Largo da Ordem, por exemplo, o movimento era intenso neste último fim de semana. Imagens que circulam pelas redes sociais mostram muita gente se aglomerando e bebendo em frente aos bares, muitos deles sem máscaras.
O problema desse maior movimento é que, segundo especialistas, o resultado do comportamento da sociedade chega apenas 15 dias depois, com o aumento ou diminuição dos casos de coronavírus. Jaime Rocha, vice-presidente da Sociedade Paranaense de Infectologia, explicou para a reportagem que o andamento da pandemia está ligado ao comportamento das pessoas daqui pra frente. “A gente sabe que não vai ter vacina e cura rápidas. Então, a mudança depende do comportamento das pessoas. Distanciamento, uso de máscara e higiene de mãos continuam e devem continuar sendo primordiais.”
A própria secretária de saúde Márcia Huçulak chegou a falar recentemente que a sociedade curitibana tinha entendido o recado a respeito dos riscos do coronavírus e das medidas de prevenção. “Chegamos a ter quase 8 mil casos ativos em torno de 24, 25 de julho. Hoje temos 4.008 quase a metade. É uma redução bastante expressiva”, disse a secretária na época.
Bandeira amarela
Iniciada em 17 de agosto a bandeira amarela afrouxou as regras e flexibilizou as atividades do comércio e serviços.
O decreto 1080/2020 trouxe principalmente mudanças no horário de algumas atividades e liberou acesso do público a parques, praças e feiras.
Apesar disso, escolas seguem proibidas de ter aulas presenciais. Pouco antes de assinar a alteração para a bandeira amarela, Greca ressaltou que a mudança não significa que Curitiba retorna à pela normalidade. Até o surgimento da vacina, cada cidadão terá de seguir com as medidas de prevenção do coronavírus: usar máscara, lavar as mãos, usar álcool gel, manter distância de 1,5 m de outras pessoas e, se possível, ficar em casa.
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