O inverno deste ano em Curitiba não será tão rígido quanto muitos esperam. Embora o começo da estação mais fria do ano seja realmente com temperaturas muito próximas de zero, a média deve ficar entre 8º C e 10° C em boa parte da temporada. Além disso, teremos um tempo mais seco e com pouca chuva — o que, para a tristeza de uns a alegria de outros, faz com que a possibilidade de neve seja quase inexistente.
“A chance de nevar em Curitiba como em 2013 está completamente descartada”, destaca o meteorologista Alexandre Nascimento, do Climatempo. “No fim do outono até o início do inverno esfria mais. Já no mês de agosto, o frio fica mais restrito às noites e à madrugada. Em setembro, nem de madrugada deve fazer tanto frio”, explica o meteorologista.
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A previsão de um inverno mais “tranquilo” não quer dizer que o frio não vem. As médias de temperaturas previstas para Curitiba, no início do inverno, são abaixo dos 10°C. Segundo o Climatempo, embora o inverno na região Sul seja pouco chuvoso, em julho ainda haverá presença de umidade, sem muito sol e com nebulosidade persistente. Com isso, as temperaturas do dia vão variar pouco, ou seja, se os termômetros amanhecerem marcando 5°C, dificilmente eles sobem.
Também não são previstas as formações de geadas em julho. Nos meses seguintes, em agosto e setembro, elas podem até aparecer, mas em áreas como morros e serras, o que não gera tanta preocupação para a agricultura. “Serão as geadas turísticas, que aparecem, mas não causam prejuízo”, destaca o especialista.
Não é só na região Sul do Brasil que o inverno promete ser menos rígido. Isso deve acontecer em todo o país porque o El Niño e La Niña, dois fenômenos que sofrem influência do aquecimento e desaquecimento das águas oceânicas e interferem nas frentes frias, perderam força. Com isso, as massas de ar frio que acompanham as frentes frias terão dificuldade de avançar pelo Brasil. “No Sul, ainda podem passar frentes frias que influenciam no clima, trazendo chuvas fortes para o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A massa de ar polar que vem com elas pode baixar os termômetros, mas serão acontecimentos isolados, com menos frequência”, prevê Nascimento.
Outra informação desmentida pelo Climatempo durante a coletiva foi a fake news que previa o maior frio dos últimos 100 anos para o inverno 2018. “Não há a menor probabilidade disso acontecer”, conclui o meteorologista.
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