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| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (6) um servidor da prefeitura de Matinhos, no Litoral do Paraná, suspeito de aplicar golpes da falsa venda de imóveis. O servidor, de 38 anos, é funcionário da Controladoria da prefeitura de Matinhos. Além dele, foi preso um contador de 53 anos que seria o cabeça do grupo e foi candidato a deputado estadual na última eleição. Os policiais cumprem mais dois mandados de prisão preventiva nesta quarta.

De acordo com a investigação, o grupo utilizava documentos falsos com os nomes dos verdadeiros proprietários dos terrenos para negociá-los. O servidor municipal foi autuado em flagrante por falsificação de documento. Ao revistar a casa do suspeito, a Polícia Civil encontrou vários documentos falsos.

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A investigação começou a partir da venda de um imóvel em Guaratuba no início de novembro de 2018. Com o uso de documentos falsos, os suspeitos enganaram duas vítimas que adquiriram o imóvel por R$ 160 mil sem saber que quem estava vendendo não era o verdadeiro proprietário. O cartório da cidade de Matinhos também foi vítima dos falsários, já que lavraram a escritura da venda do imóvel sem saber que o documento era falso.

Ao saberem do golpe, as vítimas registraram Boletim de Ocorrência no dia 2 de janeiro deste ano. Segundo a Polícia Civil, mesmo com o inquérito instaurado os suspeitos “venderam” o mesmo terreno mais uma vez no dia 12 de fevereiro, desta vez por R$ 265 mil. No segundo golpe com o mesmo terreno, eles lavraram a escritura no cartório de Quitandinha, na região metropolitana de Curitiba.

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Investigações seguem

A polícia agora segue a investigação para verificar se o grupo pode estar envolvido com outros crimes, como lavagem de dinheiro, receptação e furto de energia.

Ainda de acordo com a investigação, o contador seria o cabeça do grupo, selecionando as vítimas. Já o funcionário público, por ter acesso direto à administração municipal, fornecia informações privilegiadas para a execução do golpe, além dar credibilidade à negociação ao se apresentar às vítimas como servidor municipal. Os outros dois suspeitos são um homem de 51 anos e outro de 34 anos que seguem foragidos. Os dois executavam o plano, falsificando documentos e cumprindo o estelionato.

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