O prejuízo com os fura-catracas, passageiros que não pagam a tarifa do transporte coletivo em Curitiba, chega a R$ 6 milhões - o equivalente ao valor de cinco biarticulados novos. Além disso, o perfil de quem não paga a tarifa vem mudando: além dos estudantes, a quantidade de passageiros “comuns” que circulam de ônibus irregularmente vem aumentando.
O dado foi divulgado nesta terça-feira (13) pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), e envolve a irregularidade cometida apenas nas estações-tubo e terminais. Com isso, linhas problemáticas, como a Alferes Poli, conhecida como “Linha do Terrorr”,por exemplo, não foram contabilizadas.
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De acordo com Luiz Alberto Lenz, diretor executivo do Setransp, a pesquisa foi realizada por 1.100 cobradores do transporte coletivo durante sete dias no mês de março. Os resultados foram analisados por uma equipe técnica e comparados com os valores obtidos em agosto de 2017.
Desta vez, a pesquisa mostrou que 3.995 pessoas pulam a catraca diariamente ao embarcar nas estações e terminais, valor semelhante ao registrado no ano passado, quando a média foi de 3.907 passageiros. No entanto, as características dessas pessoas mudaram. Segundo o diretor, o número de estudantes que pratica a irregularidade caiu 24%. “Isso devido às operações da Guarda Municipal e da Polícia Militar realizadas nos horários de entrada e saída das aulas”, comentou.
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No entanto, Lenz informa que centenas de passageiros comuns que antes pagavam a tarifa deixaram de fazer o pagamento. “Esse número está subindo pela facilidade que a pessoa tem para pular a plataforma, pela falta de punição e até pela dificuldade que estão enfrentando devido á crise”, reforça o diretor do Setransp.
Por isso, ele solicita um acompanhamento permanente da GM e PM nas estações-tubo e terminais e informa que o sindicato já apresentou à Urbs - empresa municipal que gerencia o transporte coletivo em Curitiba - alguns projetos de reformulação das estações-tubo e aguarda análise.
Ranking
As estações-tubo mais invadidas, segundo a pesquisa, são Passeio Público com uma média de 363 invasões por dia, seguida pela Rio-Barigui com 171 e a Osternack, com 113 passageiros que deixam de pagar diariamente. Apenas nesses três locais, o número de fura-catracas dobrou em relação a agosto de 2017.
À população, o pedido das empresas é que todos denunciem os fura-catracas. “Se cada um fizer isso, entrando em contato com a Guarda ou pelo 156, estará contribuibdo para que Curitiba tenha um transporte melhor e evitando que essas despesas resultem no aumento da passagem”, pontuou.