A vereadora de Curitiba Fabiane Rosa (PSD) foi presa na manhã desta segunda-feira (27) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR). A prisão é de caráter preventivo, por prazo indeterminado, segundo a defesa da parlamentar. Embora o Gaeco não informe oficialmente o motivo da investigação, que corre em segredo de Justiça, a própria defesa diz que o inquérito está relacionado a um suposta prática de “rachadinha”, esquema em que um agente público retém parte dos salários de seus funcionários comissionados.
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As denúncias teriam partido de ex-assessores que já não integram mais o gabinete de Fabiane, conforme informado pela defesa e pela assessoria de imprensa da vereadora.
Mais cedo, uma equipe do Gaeco esteve na Câmara Municipal de Curitiba para realização de buscas no gabinete da vereadora. Na sequência, a parlamentar foi conduzida à sede do órgão, no bairro Ahú.
De acordo com o telejornal Meio-Dia Paraná, da RPC, a vereadora será transferida para o presídio feminino de Piraquara, na região metropolitana, onde terá direito a cela especial, por ter curso superior.
No meio da manhã, uma ambulância do Samu foi até a sede do Gaeco para atender Fabiane, que teria apresentado quadro de pressão alta.
À Gazeta do Povo, o advogado Jeffrey Chiquini, que representa a parlamentar, declarou considerar o pedido de prisão “precipitado, amparado em fatos pretéritos e sem sustento probatório”. “Afirmamos que a verdade será restabelecida”, diz.
O gabinete de Fabiane Rosa divulgou a seguinte nota à imprensa:
A vereadora Fabiane Rosa sempre exerceu seu mandato de maneira íntegra e correta. Seus valores refletem o compromisso com a causa que a elegeu. Ela aprovou avanços importantes em prol dos animais: foram 20 leis, como a proibição dos fogos com barulho e punições mais severas para praticantes de maus-tratos.
O objetivo da vereadora, enquanto legisladora, sempre foi falar pelos que não têm voz. A denúncia em questão foi feita por ex-funcionários afastados de suas funções por uma decisão unilateral da vereadora. Não houve qualquer prática ilegal durante o mandato e rapidamente será restabelecida a verdade.
Fabiane é ativista dos direitos dos animais e exerce seu primeiro mandato na Câmara Municipal de Curitiba. Ela foi eleita, em 2016, pelo então Partido Social Democrata Cristão (PSDC), atual Democracia Cristã (DC), com 7.328 votos, tornando-se a mulher mais votada ao cargo de vereadora em Curitiba naquele ano. Em 2020, migrou para o PSD.
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