As gêmeas recém-nascidas que foram abandonadas em um terreno baldio em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, sexta-feira (21), vão permanecer por mais alguns dias no hospital para ganhar peso. Quando receberem alta - o que ainda não tem previsão - terão o destino definido pela Justiça. Chamadas de Heloise e Eloá pela equipe do Hospital e Maternidade Municipal de Pinhais que as atendeu, as meninas seguem internadas na UTI neonatal.
“Os exames delas estão bons, elas não têm nenhum problema. Só precisam mesmo ganhar peso”, afirmou a conselheira tutelar Angela de Araújo, que acompanha o caso.
Segundo a conselheira, a Vara da Família pode decidir tanto pela adoção direta das crianças como por mandá-las a um abrigo em Pinhais.
O peso de uma das meninas é de 1,775 kg. A outra tem 2,050 kg. Ainda no sábado, os médicos do hospital disseram acreditar que as recém-nascidas são prematuras, por causa das características de desenvolvimento do corpo.
As irmãs foram encontradas na última sexta-feira (21) por Tâmela Rodrigues Ribeiro, que estava em um vai e vem de mudança quando percebeu o embrulho em um terreno baldio na Rua Antônio de Felício. A princípio, ela achou que eram filhotes de cachorros, mas só quando chegou perto que viu que se tratava de criança. Em casa, percebeu que não era um, mas dois bebês.
Investigação
A Delegacia de Pinhais ainda não tem indícios da identidade dos pais dos bebês. O material gravado por câmeras de segurança já foram analisados, mas não acrescentaram, ainda, detalhes importantes ao processo. Agora, os investigadores estão em contato com hospitais e postos de saúde da região para ver se conseguem avançar.
“As meninas ainda estavam com cordão umbilical, por isso estamos entrando em contato com hospitais para ver se achamos algum tipo de acompanhamento que vinha sendo feito. O fato de ser gêmeas, o que não é tão comum, deve facilitar”, disse o superintendente da Delegacia de Pinhais, Itamar Stradiotto.
Heloise e Eloá foram encontradas ainda com o cordão umbilical. Elas estavam enroladas apenas em um cobertor. Da casa de Tâmela, foram levadas para o hospital por uma equipe da Polícia Militar.