• Carregando...
Segundo Rafael Greca, prefeitura protocolou na Justiça junto com 130 moradores um pedido para retirada do acampamento no Santa Cândida. | Chico Camargo/Câmara de Curitiba
Segundo Rafael Greca, prefeitura protocolou na Justiça junto com 130 moradores um pedido para retirada do acampamento no Santa Cândida.| Foto: Chico Camargo/Câmara de Curitiba

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), cobrou do Tribunal Regional Federal (TRF-4) - a segunda instância da Justiça Federal, cuja sede é em Porto Alegre - uma solução para o acampamento pró-Lula no entorno da Polícia Federal (PF), no bairro Santa Cândida. Em conversa com o presidente do TRF-4 em Porto Alegre, o desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, Greca solicitou mais uma vez a transferência do petista para um presídio.

“O prédio da PF não é uma penitenciária e a Justiça não pode violar a lei. Conversei com desembargadores do TRF-4 de Porto Alegre e fui muito bem recebido”, declarou o prefeito em entrevista à Rádio Eldorado, de São Paulo.  

- Leia também - Um mês de Lula em Curitiba: número de manifestantes diminui, mas tensão aumenta 

No Facebook, Greca postou nesta quarta que a prefeitura protocolou na Justiça junto com 130 moradores do Santa Cândida a retirada dos acampamentos pró-Lula do bairro. Sexta-feira (5), a prefeitura à Justiça encaminhou novo pedido para reestabelecer a multa diária de R$ 500 mil para os organizadores do acampamento. Isso porque, segundo a procuradora-geral do município, Vanessa Volpi, não teria sido respeitado o acordo em que haveria o limite de quatro tendas no local, bem como a legislação sobre volume de som.

“O município merece respeito da Justiça Federal, mas Justiça tem seu tempo e talvez por isso os prédios caiam em São Paulo por abandono”, prosseguiu Greca na entrevista à rádio. 

Na última segunda-feira (7), a prisão de Lula em Curitiba completou um mês com uma sequência de ocorrências no entorno da Polícia Federal. 

- Veja mais - Guarda Municipal de Curitiba testa scooters elétricas na patrulha de parques

Ainda de acordo com o prefeito, o monitoramento feito pela Polícia Militar e a Guarda Municipal para manter a segurança no entorno da PF, onde já houve um ataque a tiros que deixou ao menos dois feridos, custa cerca de R$ 10 mil por dia. 

“Temos um monitoramento da PM e da Guarda, isso custa dinheiro, mas os ânimos estão acirrados. O PT e o MST colocam em antipatia a população civil de Curitiba”, disse. “Tudo que for preciso para proteger os moradores eu vou fazer. A Justiça não tem direito de criar desarmonia na minha cidade”, ressaltou o prefeito.

Essa não é a primeira vez que Greca cobra da Justiça Federal uma solução para o acampamento. A primeira manifestação pública do prefeito cobrando da Justiça Federal uma solução foi na vinda das caravanas pró-Lula à cidade para manifestações no Dia do Trabalho, em 1º de meio. “Registro minha indignação pelo confinamento de um condenado com o poder de mobilização do ex-presidente Lula,num prédio administrativo, que não tem, e nunca teve alvará para presídio, até por estar imerso em ZR3 - Zona Residencial com serviços, conforme a Lei de Uso do Solo de Curitiba”, postou o prefeito na oportunidade.

Lula cumpre pena de 12 anos de prisão na PF em Curitiba desde 7 de abril, dois dias depois de ter tido a prisão decretada pelo juiz Sergio Moro no caso do triplex do Guarujá (SP) e após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter-lhe negado um habeas corpus. O ex-presidente foi condenado em segunda instância pelo TRF-4 de Porto Alegre. 

Desde então, militantes do PT, MST, CUT e outros movimentos sociais acampam perto da sede da PF em Curitiba em vigília pela libertação do ex-presidente. O local também tem recebido visitas de líderes do PT e de outros partidos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]