
Os 218 trabalhadores dos Restaurantes Universitários da Universidade Federal do Paraná (UFPR) voltarão ao trabalho nesta terça-feira (24), após seis dias de paralisação. Assim, os quatro restaurantes da universidade – RU Central (em frente à Reitoria), Politécnico, Agrárias e Botânico – voltam a funcionar nesta terça-feira.
De acordo com a UFPR, os restaurantes voltarão a funcionar normalmente a partir da noite desta terça-feira, já que as refeições no horário do almoço terão que ser reduzidas, devido ao desabastecimento gerado pelos dias de paralisação.
Os RUs servem café da manhã a partir das 6h30, por esse motivo a promessa do sindicato da categoria (Siemaco) é de que todos os trabalhadores reassumam seus postos a partir das 6h desta terça.
Acordo
Uma audiência, na tarde desta segunda-feira (23), definiu que os funcionários terceirizados terão suas reivindicações atendidas. Principal motivação para a greve, o vale-refeição teve seu valor reajustado em R$ 155 – passa de R$ 180 para R$ 335. Os trabalhadores também terão um bônus por assiduidade – R$ 35 caso não faltem nenhum dia de trabalho – e não serão descontados pelos dias em greve.
Segundo a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, o valor do vale-refeição, para empresas que oferecem a refeição no trabalho, é de R$ 180. As empresas que prestam serviços à universidade têm por padrão pagar o valor de vale pedido pela categoria, conforme afirma o presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco), Manasses Oliveira. “Todos eles têm direito ao benefício. Na convenção coletiva, os trabalhadores que têm alimentação, recebem só 50% do valor. Mas esses trabalhadores já recebiam o valor, por isso têm direito. Todos que prestam serviço para a UFPR, mesmo tendo refeição, recebem R$ 335”.
Oliveira conta também que foi acertado que haverá estabilidade de emprego enquanto durar o contrato provisório entre a Obra Prima, empresa terceirizada que presta serviço à universidade, e a UFPR, que vai até 31 de dezembro de 2017.
Os trabalhadores dos RUs da UFPR, responsáveis pelos serviços de copa e cozinha das unidades, cruzaram os braços na última segunda-feira (16) por discordar da política adotada pela empresa Obra Prima quanto ao pagamento do vale-refeição e do bônus por assiduidade.
Segundo informações da Obra Prima, não existiu perda de direito dos trabalhadores devido aos valores acertados entre a empresa e a universidade, já que a questão é descrita na convenção coletiva de trabalho. Para a empresa, que durante a audiência não concordou em pagar o excedente aos trabalhadores, o valor pago é classificado como uma bonificação, chamada de ‘vale-mercado’.
O presidente do Siemaco discorda e comemora o acordo feito pelas partes nessa segunda-feira graças à intervenção da UFPR. “Foi uma vitória, pelo compromisso que a UFPR mostrou com o movimento dos trabalhadores. A empresa fez um contrato emergencial com a universidade, cotou os valores pela convenção coletiva, e não observou o valor de R$ 330. A UFPR também não observou isso, assim criou todo o impasse”, sentenciou.
Para garantir o desfecho positivo, a UFPR concordou em repactuar o contrato entre a universidade e a empresa. Assim, a universidade irá repassar à Obra Prima a diferença entre o valor pago pela empresa e o pedido pelos trabalhadores, de R$ 155. Esse acordo teve anuência da Advocacia Geral da União (AGU).
O minério brasileiro que atraiu investimentos dos chineses e de Elon Musk
Desmonte da Lava Jato no STF favorece anulação de denúncia contra Bolsonaro
Fugiu da aula? Ao contrário do que disse Moraes, Brasil não foi colônia até 1822
Sem tempo e sem popularidade, governo Lula foca em ações visando as eleições de 2026
Deixe sua opinião