Os ônibus só voltam a circular em Curitiba a partir da zero hora de sábado (29), pois esse é o horário previsto para acabar a greve geral. A informação é do Sindimoc, sindicato que representa motoristas e cobradores do transporte coletivo. Assim, quem conseguiu chegar ao trabalho nesta sexta, novamente, terá de encontrar uma alternativa para voltar para casa.
Greve geral em Curitiba: acompanhe a paralisação dos serviços
Não há nenhum ônibus rodando na cidade mesmo com a liminar do Tribunal Regional do Trabalho que determinou a circulação que uma frota mínima em Curitiba nesta sexta. A decisão saiu na noite de quinta-feira (27), mas não foi cumprida pelo sindicato dos trabalhadores. Apenas um ônibus foi visto pela reportagem – ainda no período da manhã. Era um veículo da linha Pinheirinho-Quitandinha estava no terminal do Pinheirinho por volta das 7 horas da manhã.
De acordo com a decisão da Justiça do Trabalho, 40% da frota do transporte público deveria estar circulando em Curitiba nesta sexta-feira (28) durante os horários normais e 50% nos horários de pico (entre 5h e 9h e entre 17h e 20h).
A decisão acatou parcialmente o pedido feito pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba (Setransp). O sindicato havia pedido que 50% da frota circulasse nos horários normais e 70% durante os horários de pico. Além disso, ela estabeleceu multa diária no valor de R$100 mil em caso de descumprimento da determinação.
De acordo com o Setransp, além de a determinação não ser cumprida, manifestantes impediram a saída de ônibus das garagens com bloqueios nas portas e esvaziando pneus dos veículos.
Já o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) alegou que não houve boicote à circulação de ônibus e que a adesão à greve foi de 100%. O sindicato afirmou que não vai se pronunciar sobre a decisão em relação à frota mínima.
Passageiros sem ônibus
No fim tarde de sexta, alguns passageiros ainda tinha a esperança de encontrar um ônibus da praça Rui Barbosa. Uma delas era Iracema Apolinário, moradora de Morretes, que veio visitar a filha em Curitiba. Ela esperava encontrar pelo menos parte da frota de ônibus funcionando, mas foi pega de surpresa. A solução foi esperar a filha sair do trabalho e então ir buscá-la na praça.
A carona também foi a opção de Moacir Sampaio. Ele passou a noite no hospital Cajuru por ter caído da bicicleta. Sem ter como voltar para casa, o vendedor de carros aguardava a resposta de uma carona que talvez pudesse auxiliá-lo. Caso contrário, iria pedir um Uber.
Outras pessoas já imaginavam que nenhum ônibus estaria circulando durante a greve geral e já haviam planejado caronas para voltar para casa. O mecânico Luiz Alberto Padilha era um dos que esperavam na Rui Barbosa pela ajuda que foi combinada.
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