As informações contraditórias que circularam durante a semana sobre uma possível greve de ônibus afugentaram compradores do Centro de Curitiba nesta sexta-feira (30), dia de várias mobilizações pelo país.
Greve geral em Curitiba: acompanhe a paralisação dos serviços nesta sexta
Na segunda-feira (26), a decisão anunciada pelo sindicato dos motoristas e cobradores era de protestos mais localizados, com possibilidade de paralisação temporária em algum momento do dia. Depois, a entidade voltou atrás e decidiu não interromper as atividades nem mesmo momentaneamente - indecisão que, segundo comerciantes, refletiu nas vendas esperadas para o dia.
A vendedora Roselene Aparecida da Silva, de 47 anos, percebia, por volta das 10 horas, um movimento bem mais fraco que o normal na loja de roupas onde ela trabalha, na Rua XV de Novembro. “Eu mesmo saí mais cedo de casa pensando se ia ter ônibus, não ia ter ônibus”, conta. Ela usa o ônibus da linha Vila Velha e chegou ao ponto às 6h30, dez minutos antes do comum. “Mas ele veio normal. Ainda bem”.
Vendedor de uma loja de adereços no Centro, Jheck Schneider, de 25 anos, também não espera um dia de boas vendas justamente por causa do clima de greve que foi semeado durante a semana. “O povo está com medo. Agora de manhã tem ônibus, mas e se param à tarde, daí como vão voltar?”, comentou.
Em uma loja de pijamas, também na Rua XV, a vendedora Sara Silva, de 19 anos, disse não estar surpresa com a clientela mais fraca. “Nosso movimento sempre vai até umas quatro horas [16h], mas quando tem manifestação dificilmente vendemos depois da uma [13h]. E hoje vai ser parado. Nosso público é mais senhoras, mulheres, e elas evitam vir para o Centro em dia de manifestação. E a história do ônibus assustou também”, reforçou.
Segundo a prefeitura de Curitiba, todos os ônibus circulam normalmente desde cedo. O Sindimoc também informou, por meio de sua assessoria de imprensa, o cumprimento integral da tabela de horários e linhas do dia.
Bancos
O Dia Nacional de Mobilizações fecha várias agências bancárias no Centro da cidade. Segundo balanço parcial do Sindicato dos Bancários divulgado por volta das 10h30, 48 agências e financeiras e oito centros administrativos não estão funcionando.
Apenas o atendimento nos caixas eletrônicos é normal. A paralisação dos bancários é parcial e atinge principalmente a região central.
Na rua Marechal Deodoro, três agências próximas uma da outra (Banco do Brasil, Santander e Itaú) estão fechadas e com faixas avisando sobre a greve. O aposentado Leopoldo Amaro, de 79 anos, chegou à agência do Banco do Brasil pouco antes do horário normal de abertura. Ele iria sacar a aposentadoria e foi informado na hora sobre a paralisação. “É ruim porque já estava contando com o dinheiro pra hoje para pagar uma conta ou outra”, disse o idoso, que foi orientado por bancários a voltar na segunda-feira.
Escolas
A Secretaria de Estado da Educação (Seed) informou que a adesão dos professores da rede estadual à greve desta sexta-feira impacta as atividades de aproximadamente 50 escolas em todo o estado. Das 2127 unidades, cerca de 8 estão totalmente fechadas e 42 têm professores e servidores, mas estão sem alunos. O restante funciona normalmente, informou a pasta.
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