Policiais militares, incluindo agentes do Bope, tomaram o pátio de um restaurante de Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba, na noite desta terça-feira (1°.), depois que dez pessoas de uma caravana pró-Lula se recusaram a pagar a conta do estabelecimento. O grupo estava em um dos oito ônibus que seguia para São Paulo após passar o dia em um ato unificado das centrais sindicais, na capital, convocado para o Dia do Trabalhador.
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De acordo com um funcionário do restaurante que preferiu não se identificar, as contas, somadas, passavam de R$ 200. Além de comida, o grupo também teria comprado cervejas. O funcionário disse que eles vestiam camisetas de sindicatos e também gritavam palavras de ordem que os identificavam como integrantes de movimentos a favor do ex-presidente.
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O grupo teria se aproveitado do movimento intenso no estabelecimento — que fica nas margens da rodovia Régis Bittencourt (BR-116) — para fugir com as comandas por uma pequena porta por onde entram e saem os motoristas dos ônibus de transporte rodoviário que param ali. “Era muita gente aqui, 1°. de maio, feriado. Tinha caravanas vindo de outros lugares, do Beto Carrero, então eles estavam conseguindo sair”, contou o funcionário.
De acordo com a Guarda Municipal de Quatro Barras, seis agentes foram chamados por volta das 23h15 para prestar apoio à primeira equipe da Polícia Militar que chegou ao local após ser chamado pela gerência do restaurante. Como estariam em apenas dois policiais, não teriam dado conta de controlar a situação por completo. Depois dos guardas, também chegaram ao restaurante policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da Ronda Tático Motorizada (Rotam).
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A PM informou que, apesar da situação, não houve tumulto e que uma pessoa que se assumiu como responsável pela caravana pagou as despesas. Mesmo assim, um boletim de ocorrência foi registrado. “Mas se a polícia não tivesse vindo, eles teriam saído sem pagar. A gente conversou com esse representante antes, disse que aquilo estava ficando feio para o partido deles e acho que ele pagou mesmo para a história não se estender mais ainda”, completou a funcionária.
Pelo menos 37 ônibus fretados com manifestantes vieram para Curitiba para as manifestações do Dia do Trabalhador. Foi a primeira vez desde a redemocratização que CUT, Força Sindical, CTB, NSCT, UGT, CSB e Intersindical promovem um evento único na data. Curitiba foi o palco escolhido justamente por ser a cidade onde o ex-presidente Lula está preso desde o dia 7 de abril.
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