Guardas municipais de Curitiba e nove cidades da região metropolitana devem atuar de forma integrada| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Para equipar as guardas municipais metropolitanas e ter mais treinamentos, a Guarda Municipal de Curitiba se uniu às corporações de nove cidades da região para garantir uma unidade na atuação das corporações. A ideia é que as guardas se comuniquem, compartilhando estruturas, informações e também na busca por recursos para novos equipamentos.

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O consórcio entre as guardas municipais envolve, além de Curitiba, os municípios de Campo Largo, São José dos Pinhais, Araucária, Mandirituba, Fazenda Rio Grande, Colombo, Quatro Barras, Campina Grande do Sul e Pinhais.

A formalização de um pacto entre as cidades ocorreu nesta terça-feira (18) e deve beneficiar principalmente as guardas menores, dos municípios vizinhos à capital. Só em Curitiba, 1350 guardas municipais estão atuando e, somando com o efetivo dos outros nove municípios, são cerca de 2 mil guardas. Agora, os municípios seguem os trâmites para a aplicação e formulação do consórcio.

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De acordo com o Secretário da Defesa Social e Trânsito de Curitiba, Algacir Mikalovski, a integração fará com que as guardas troquem não só informações, mas conhecimento. “A ideia é unir no presente o que a história separou. As guardas com maiores potencialidades podem colaborar com as que têm uma estrutura menor para desenvolver o serviço”, afirmou. A Academia da Guarda Municipal de Curitiba, por exemplo, poderá ser usada para treinar oficiais de corporações das guardas vizinhas. “A ideia é que mesmo as guardas pequenas possam atender à segurança de forma municipalizada”, disse.

RMC tem mais dificuldade em obter recursos

Para os municípios da Região Metropolitana, o fator mais positivo desta integração é a possibilidade de buscar recursos em Brasília de forma integrada já que, por ter uma arrecadação menor, não conseguem investir o necessário em segurança e nas corporações.

O coronel Edson Fernando Paredes Barroso, chefe da Guarda Municipal de Colombo, conta que a ideia surgiu há quase dois anos por iniciativa dos guardas da RMC. “Todas as guardas de cidades menores têm as mesmas dificuldades e uma arrecadação que não condiz com os investimentos necessários em segurança”, afirmou. Com mais de 200 mil habitantes, Colombo tem hoje 25 guardas municipais atuando no município. Para o coronel Paredes, integrar as guardas torna possível buscar verbas disponíveis para treinamentos e equipamentos no Ministério da Justiça. “Juntos, conseguimos angariar de forma mais fácil esses recursos para fazer resultados para a população”, disse.

Em Fazenda Rio Grande, o grande problema é a falta de equipamentos novos, que deem mais segurança para os próprios oficiais. “Equipamentos como coletes, armamento, tudo é muito caro e falta incentivo do governo federal. Municípios pequenos não têm o aporte financeiro necessário para bancar gastos altos. Dando essa segurança para os guardas, a população se sente mais segura também”, afirmou o secretário de Segurança de Fazenda Rio Grande, Tony Silva. Hoje, essa cidade conta com 42 guardas para fazer a segurança na cidade de pouco mais de 80 mil habitantes.