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Buraco tem aproximadamente quatro metros de diâmetro e cerca de 30 metros de profundidade | Felipe Rosa/Tribuna do Paraná
Buraco tem aproximadamente quatro metros de diâmetro e cerca de 30 metros de profundidade| Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná

Uma cratera que se abriu no mirante ao fim da Rua Elvira Harkot Ramina, no Mossunguê, em Curitiba, tem tirado o sossego dos moradores da região. Nos últimos três anos, eles viram o buraco se abrir e crescer a ponto de complicar o trânsito na via , colocar em risco os pedestres pegos de surpresa e aumentar as chances de desmoronamento do próprio mirante, onde não há sequer um alerta sobre os riscos de circular no ponto.

Veja fotos da cratera

Praticamente ao lado do “Suite Vollard”, o prédio curitibano que gira, o buraco que começou do tamanho de uma pizza comporta tranquilamente um carro. São aproximadamente quatro metros de diâmetro e cerca de 30 metros de profundidade, deixando exposta a tubulação de água. “Imagine se uma criança se solta da mãe e sai correndo ali. Ou mesmo um cachorrinho que se solte da coleira. Não tem nenhuma placa alertando e as pessoas só se dão conta do tamanho da rachadura quando passam por lá”, reclama Ronaldo Barra, morador de um dos prédios vizinhos ao mirante.

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Além dos perigos para quem anda a pé, o tráfego de veículos também fica prejudicado porque há menos espaço para fazer manobras.. Uma barreira de concreto colocada no acesso ao mirante impede que veículos façam retorno. “Pra quem entra na rua por engano ou precisa fazer a volta, é um transtorno para manobrar o carro. Isso sem falar nos caminhões, que precisam entrar de ré. Se um dia algum edifício aqui do fim da rua precisar dos bombeiros vai ficar sem socorro porque não tem como chegar”, argumenta Cristina Lacerda, síndica de um prédio próximo ao local.

Conserto urgente

De acordo com o engenheiro civil especialista em urbanismo e diretor do Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (Senge), Luiz Calhau, a necessidade de consertar o buraco do mirante é urgente. “É extremamente perigoso que essa estrutura fique desse jeito. Os únicos pilares que ainda resistem estão corroídos e danificados”, diz.

Hoje, penas um pilar de aço sustenta a estrutura do mirante, que fica sobre um bosque que margeia a Rua Deputado Heitor Alencar Furtado. Nas atuais condições, o pilar corre risco de desmoronar a qualquer momento, pondo em risco não somente os prédios da quadra, mas também as pessoas e veículos que trafegam na rápida abaixo. “Qualquer chuva mais forte, vento ou temporal podem afetar ainda mais essas estruturas fazendo não só com que a própria área desmorone mas prejudicando a fundação dos prédios vizinhos”, afirma Calhau, para quem a cratera é resultado de erosão e tráfego. “Nesse caso não se trata de um problema de mobilidade, mas estrutural. O primeiro buraco foi negligenciado e, por isso, a situação chegou nesse ponto”, diz.

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A vizinhança já cobrou soluções, porém, nada foi feito. “Logo que o buraco abriu, ainda na gestão Fruet, encaminhamos um ofício à Prefeitura. Além disso, inúmeros protocolos foram registrados por moradores no 156 e diversas reclamações encaminhadas à Defesa Civil. Até agora ninguém fez nada”, afirma Cristina.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP) respondeu que já recebeu do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) o projeto para recomposição da parte do mirante que cedeu. Segundo o órgão “o edital de licitação da obra já está sendo elaborado”.

Em entrevista ao PR TV 1ª edição nesta quinta-feira (26), o superintendente da SMOP, Almir Bonatto, disse que a prefeitura reconhece o perigo e afirmou que o trâmite do edital que vai permitir a contratação da empresa para resolver o problema deve estar pronto até julho. O superintendente respondeu ainda que, emergencialmente, a prefeitura irá colocar tapumes de isolamento no local.

  • Buraco tem aproximadamente 30 metros de profundidade
  • Isolamento da área é falho e não impede aproximação de pedestres
  • Buraco na Rua Elvira Harkot Ramina – a mesma em que fica o “Suite Vollard”, o prédio que gira
  • Olga Honnicke, 48, que passeia todos os dias pelo local com seus cachorros. “Eu não me arrisco. Quando saio com eles só desço até a barreira. Tenho muito medo de passar por ali e sofrer algum tipo de acidente”, afirma.
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