As ocorrências de saúde de Curitiba e Região Metropolitana têm exigido bastante trabalho dos helicópteros do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA). Ao longo deste ano, já foram 513 situações atendidas pela equipe na região, que desloca os helicópteros para os casos mais urgentes, de vítimas com traumas, transporte de órgãos, enfartes, entre outros. O número já é 60% maior do que o de todas as ocorrências de saúde do ano de 2017. E 2018 ainda nem acabou e as ocorrências devem aumentar ainda mais a partir de 21 de dezembro, início da Operação Verão nas praias, quando o helicóptero do BPMOA participa dos resgates das vítimas de afogamento no mar.
De acordo com o tenente João Paulo de Toledo Lazaroto, piloto de helicóptero e coordenador de voo do BPMOA, o aumento de cerca de 60% se deve principalmente ao que ele define como a consolidação do serviço: “Passamos a trabalhar com um planejamento mais rigoroso de manutenções, para fazer com que as aeronaves estejam sempre prontas para voar”. Com isso, o sistema passou a direcionar mais chamados do Samu e do Siate à equipe.
Saiba mais: Conheça o helicóptero da PM que ajuda a salvar vidas e atua em perseguições policiais
O atual número de atendimentos foi atingido com a mesma quantidade de aeronaves e efetivo do ano anterior. A diferença é que, agora, a agenda da equipe costuma ficar mais cheia. “Fazemos de três a cinco atendimentos por dia, e raramente temos chamados concomitantes — o que mostra que estamos de acordo com a demanda”, avalia.
Ocorrências no verão
A partir dos próximos dias, o tenente explica que a expectativa é de que alguns tipos de ocorrência aumentem. “Parte significativa da população de Curitiba irá para o Litoral, então os atendimentos devem crescer por lá”, esclarece. No entanto, próximo da região da capital ainda podem ocorrer acidentes nas estradas, que muitas vezes exigem o auxílio rápido do helicóptero para evitar que vítimas entrem em óbito.
Veja também: Temperatura chega a 43,9°C em Antonina, com sensação térmica de 65,5°C
Além disso, são comuns afogamentos não apenas no mar, mas também em rios, cavas, riachos e represas — como a represa do Rio Passaúna, em Campo Largo, ponto que o tenente considera emblemático. Por ali, são comuns os casos de jovens que usam bebidas alcóolicas e decidem nadar, combinação extremamente perigosa e desencorajada pelo Corpo de Bombeiros do Paraná.
Justamente por causa da demanda nas praias, já na próxima quarta-feira (19), o BPMOA passará a ter, também, uma aeronave exclusiva para atendimentos no Litoral, com base em Guaratuba.
Deixe sua opinião