Um helicóptero que era utilizado para o tráfico de drogas vai agora ajudar no patrulhamento feito pelo Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA). Apreendida pela própria PM ao transportar uma grande quantidade de cocaína em junho de 2014 na área rural de Mamborê, Noroeste do Paraná, a aeronave foi apreendida pela 1ª Vara Federal de Campo Mourão, que a cedeu à União. Na sequência, o helicóptero foi doado ao BPMOA em dezembro de 2016 pelo Fundo Nacional Antidrogas.
Antes de ficar à disposição da PM, o helicóptero, modelo Robinson 44 Raven II , passou por uma reforma para não só restabelecer as condições de vôo, como também para adaptá-la para o uso policial. O investimento foi de R$ 2 milhões.
A aeronave poderá ser utilizada para as mais variadas funções policiais. Entretanto, o diferencial é que o helicóptero está adaptado para ser utilizado na instrução de novos pilotos policiais. O planejamento é utilizá-lo na implementação da própria Escola de Aviação do BPMOA ainda em 2018 - a documentação para que o batalhão passe a formar suas próprias equipes está em trâmite na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
“Este helicóptero vem otimizar os trabalhos do BPMOA. O diferencial é que ele está preparado para atuar em instrução, além de operacionalmente ser uma aeronave que cumprirá missões das diversas, desde plataforma de observação, como acompanhamento de ações preventivas e repressivas de uma forma geral, reforçando e dando mais acessibilidade ao nosso trabalho”, explica o tenente-coronel Roberto Sampaio Araújo, comandante do BPMOA.
A intenção da PM é utilizar o helicóptero apreendido do tráfico em ações em todo o Paraná. A Polícia Militar conta hoje com uma base em Curitiba e uma em Londrina, no Norte do estado, mas há previsão de se criar mais uma base na região dos Campos Gerais. Atualmente, a frota do BPMOA tem quatro helicópteros e dois aviões.