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Abenisio Ferreira de Lima, de 53 anos, afirma já ter procurado a Corregedoria-Geral da Polícia Militar e o Ministério Público, sem resultado | Raquel Derevecki/Gazeta do Povo
Abenisio Ferreira de Lima, de 53 anos, afirma já ter procurado a Corregedoria-Geral da Polícia Militar e o Ministério Público, sem resultado| Foto: Raquel Derevecki/Gazeta do Povo

Um homem acorrentado a um dos pinheiros da Praça Tiradentes mobilizou policiais militares, guardas municipais e muitos curiosos que passavam pelo Centro de Curitiba nesta terça-feira (3). Abenisio Ferreira de Lima, de 53 anos, é um construtor do município de Matinhos, no Litoral do Paraná, e realiza a ação inusitada desde 11h para solicitar um advogado da capital em um processo que ele abriu contra o estado do Paraná, mas não tem condições financeiras de continuar. Caso não consiga o defensor até o fim da tarde, ele ameaça derrubar o pinheiro da espécie araucária ao qual está acorrentado.

Segundo o manifestante, o processo foi aberto contra a Polícia Militar (PM). “No dia 25 de junho de 2017, seis dias após o falecimento da minha mãe, alguns policiais entraram no prédio em que eu morava de favor para buscar um veículo supostamente roubado que pertencia a um morador”, contou.

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Segundo ele, sua moradia provisória era a garagem de um dos apartamentos, que também teria sido invadido pelos policiais. “Eu estava morando ali provisoriamente enquanto prestava alguns serviços de reforma aos proprietários e economizava. Já tinha R$ 4,5 mil”. No entanto, ele garante que esse valor foi roubado por agentes corruptos. “Os policiais pegaram meu dinheiro e isso não pode ficar impune”, acusou.

Diante da situação, o Lima teria procurado a Corregedoria-Geral da Polícia Militar e ainda outros advogados para o auxiliarem a abrir o processo contra o estado do Paraná. “Eu precisava de um defensor público, mas ninguém queria me atender. Fui na PUC ver se conseguia um advogado e também no Ministério Público, mas ninguém me ajudou”, disse.

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Segundo a PM, as denúncias feitas pelo construtor foram realizadas na Polícia Civil e não na Militar, como ele afirma. O Boletim de Ocorrência foi aberto em agosto de 2017 e que a demora na investigação aconteceu exatamente por causa dessa confusão. O caso foi repassado à Corregedoria da Polícia Militar em fevereiro, e encaminhado ao Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), que teria sido responsável pela ação, em março. Desde então, o processo está em fase de análise para definir que tipo de procedimento será aberto para apurar a história.

Equipes da PM e da GM já foram à praça conversar com o manifestante e não o impediram de protestar. “Eles me ouviram, mas foram embora”, reclama Lima. De acordo com a Secretaria de Defesa Social, equipes da guarda tentaram convencer o homem a sair de lá e, mesmo cortando a corrente, ele permaneceu em seu local de protesto.

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