Um homem morreu eletrocutado dentro de uma transmissora de televisão cujo imóvel está abandonado na Rua Marta Kateiva de Oliveira, no bairro Pilarzinho, em Curitiba, na manhã desta quarta-feira (20). Ele havia invadido o terreno e tentado furtar a fiação elétrica quando foi atingido por um choque de alta voltagem. Segundo moradores, a ocorrência foi por volta de 6h45.
“O barulho foi como se fosse uma bomba. Quando saí para a rua, ouvi os gemidos de um homem. Um vizinho chamou os bombeiros, mas não deu tempo de socorrerem”, afirma o guarda municipal aposentado João Alfredo Lazzari, vizinho da transmissora. O corpo do homem foi encontrado na sala de força da transmissora.
De acordo com a Polícia Militar (PM), o homem ignorou os avisos de perigo e de alta tensão instalados no terreno e invadiu a estrutura. O local tem torres de transmissão e muitas antenas. Ainda segundo a polícia, o objetivo do homem era roubar fios de energia para tentar revendê-los.
- Leia mais - Guarda-vidas salvam cachorro que estava se afogando na praia em Guaratuba
O corpo, ainda sem identificação, foi encaminhado para o Instituto Médico Legal. Policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, foram ao local para colher provas e iniciar a investigação da morte.
Sem sossego
Moradores vizinhos da transmissora de TV afirmam que ter perdido a tranquilidade nos últimos quatro meses, quando foi retirado o vigilante que fazia a segurança do imóvel. Desde então, relata Lazzari, o imóvel da transmissora é invadido e saqueado a toda hora. “A gente vê eles passando pela rua com fiação, porta, alumínio, até torneira. Estão tirando tudo lá de dentro”, ressalta o aposentado.
O morador diz que até então a rua, que é sem saída, é tranquila. Mas desde dezembro, quando o segurança deixou de fazer vigia na guarita da TV, o sossego acabou. “Além do barulho e do entra e sai de gente na TV, começaram a haver assaltos e roubos na rua. Uma coisa leva à outra”, diz. “Agora, quando saímos de casa, um vizinho tem que avisar o outro. Perdemos a calma”, reclama o morador.