Após 10 dias sem conseguir capturar o macaco bugio que atacou um bebê em um condomínio de Araucária, região metropolitana de Curitiba, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) pretende mudar de estratégia. A partir de terça-feira (4), técnicos do órgão deverão trocar a armadilha com alimentos por um sedativo que faça o animal dormir rapidamente e permita a captura.
De acordo com o superintendente do Ibama no Paraná, Julio Gonchorosky, os técnicos do órgão têm uma reunião com médicos veterinários da Universidade Federal do Paraná (UFPR) nesta segunda-feira (2) para definir qual tranquilizante pode ser usado. “Estamos procurando o melhor sedativo que faça o animal adormecer rapidamente sem que haja risco a saúde para ele”, explica Gonchorosky.
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Desde o dia 23 de novembro, equipes do Ibama têm tentado capturar o bugio utilizando uma arapuca. Nos primeiros dias, a armadilha se tornou uma fonte de alimento para o macaco, onde ele entrava, pegava a comida e deixava a pequena jaula sem ser capturado. Segundo Gonchorosky, a expectativa era de que o animal passasse mais tempo na emboscada, aumentando a chance de captura sem a necessidade de um calmante. No entanto, o macaco não tem facilitado a ação dos técnicos. “Ele está dando um baile”, brinca o superintendente.
Se a equipe decidir utilizar o sedativo, a captura deve ser terça ou quarta-feira (5), quando o animal será levado para um centro de triagem. O detino do bugio, um dos maiores primatas do Brasil, ainda não foi divulgado. Porém o Ibama já informou que ele ficará sob quarentena para avaliação de saúde. “Veremos se ele tem raiva ou outras doenças, e também observaremos o comportamento do animal”, disse o diretor do Ibama.
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O caso
No dia 14 de novembro, o animal invadiu o apartamento onde mora a família do empresário Fernando Henrique Balardim, cuja filha, Júlia, de apenas um ano, foi mordida pelo primata. A menina teve ferimentos profundos na cabeça e a mãe também foi ferida no braço. O crânio da criança chegou a ficar exposto e ela precisou passar por cirurgia no Hospital do Trabalhador para reconstituir o couro cabeludo.
Os familiares da criança ficaram muito assustados e, mesmo depois de a garota receber alta do hospital no dia 19 de novembro, preferiram não retornar para o prédio onde moram, vizinho do bosque onde vive o bugio.
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