A campanha de comemoração dos 327 anos de Curitiba foi alvo de crítica pelo Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial. Na nota de repúdio, o órgão cita que afro-brasileiros e indígenas não foram mencionados no vídeo comemorativo que foi divulgado nas redes sociais da prefeitura. A narração do material afirma que a cidade foi formada por vários povos, como “poloneses, alemães, ucranianos, japoneses”. Também não cita italianos e outras etnias brancas que fazem parte da miscigenação local.
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Segundo o conselho, a campanha é um caso de racismo institucional e trata como se a cidade fosse “um sonho que não é para todos”, solicitando a revisão do material. A nota de repúdio ainda lista negros que tiveram participação marcante na história local, como a engenheira Enedina Alves Marques e os irmãos Rebouças. O Conselho está inserido na estrutura da Secretaria de Estado de Justiça, Família e Trabalho, sob o comando de Ney Leprevost, pré-candidato a prefeito da capital.
Procurada, a prefeitura de Curitiba se manifestou por nota:
O vídeo da prefeitura busca marcar o aniversário de Curitiba num momento atípico, de enfrentamento de uma pandemia grave. A mensagem é clara: passado esse momento iremos comemorar, como a rica história da capital merece e o retorno à normalidade permitirá.
A sugestão de que a peça promoveu “racismo institucional” não tem amparo na realidade. A citação dos povos que formaram Curitiba usa uns poucos exemplos desses povos, não a sua totalidade. Dura menos de 5 segundos e serviu como introdução à mensagem principal. Apenas isso.
Um vídeo de um minuto de duração não teria pretensão de incitar discussão da história da formação de Curitiba. A prefeitura reconhece e valoriza toda sua gente. E está aberta a discutir de maneira séria e responsável o aprimoramento de suas ações nesta área.
O momento atual pede dedicação total ao enfrentamento do novo coronavírus – luta que deve envolver todos os curitibanos.
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