Instituto de Identificação da Polícia Civil do PR tem mais de 13 milhões de registros| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

Um convênio assinado no fim de julho unificou o banco de dados de impressões digitais do Paraná e de São Paulo e, com isso, a Polícia Civil dos dois estados passam a ter uma rede com mais de 80 milhões de cadastros. Além disso, a parceria deve agilizar a solução de crimes ao reduzir de uma semana para uma tarde o tempo da perícia das impressões, mecanismo fundamental para identificar suspeitos e vítimas de crimes e também pessoas desaparecidas.

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O contrato tem validade inicial de cinco anos e foi publicado no Diário Oficial de São Paulo no último dia 2 de agosto. O acordo permite que papiloscopistas selecionados do Paraná possam ter acesso direto ao sistema de Legitimação à Distância (Lead), cadastro de impressões desenvolvido pela polícia paulista e que, somente pelo Instituto de Identificação do estado vizinho, dispõe de 66,8 milhões de registros. O contrário - o acesso dos investigadores de SP ao banco aos dados do PR, com 13,7 milhões registros - também é válido.

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De acordo com o delegado Marcus Michelotto, diretor do Instituto de Identificação da Polícia Civil do Paraná, a rede interestadual de informações criada com o convênio é benéfica sobretudo para os paranaenses. "São Paulo e Paraná têm uma relação muito grande e isso vai ser bem importante. Sabemos de crimes que ocorrem aqui e que são de paulistas muitas vezes. O próprio crime organizado é um caso", observa.

Na prática, o Lead permite que investigadores autorizados solicitem perícias de impressão digital por meio de uma plataforma própria. Antes, o pedido era feito por meios não formais, o que retardava a chegada do laudo. "O sistema foi desenvolvido para ter uma tramitação segura e fiel. A gente manda um fragmento de local de crime, uma digital de uma pessoa e eles retornam por esse mesmo software logo depois com uma resposta oficial dizendo se é a pessoa, se foi identificada", acrescenta o delegad.o

Segundo a Polícia Civil do Paraná, também já aderiram ao sistema os dados de Rondônia, Sergipe e Goiás e há perspectiva que outros estados, na sequência, passem a integrar o modelo.