Um incêndio atingiu o Palácio Belvedere, no bairro São Francisco, em Curitiba, na noite desta quarta-feira (6). O fogo consumiu parte telhado do edifício. As chamas começaram por volta das 22h20, mas ainda não se sabe qual foi o motivou do incidente . Referência na arquitetura art noveau em Curitiba, o Belvedere foi erguido em 1915 e desde 1966 é tombado pelo Patrimônio Histórico do Estado.
Informações extraoficiais colhidas no local dão conta de que o incêndio pode ter sido criminoso. A suspeita é de que algo semelhante a um coquetel molotov tenha sido arremessado no Belvedere. Por volta das 23h30, os bombeiros trabalhavam no rescaldo ao incêndio.
Assista ao vídeo do incêndio abaixo
Fotos do incêndio no Belvedere
Em sua página no Facebook, o prefeito Rafael Greca confirmou a suspeita de incêndio criminoso e já anunciou que o prédio histórico será restaurado.
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Imóvel abandonado
O Belvedere, que chegou aos cem anos em 2015, é alvo frequente de vândalos e ponto de encontro de usuários de drogas. Isso ocorre desde a desocupação pelo Centro Estadual de Defesa dos Direitos da População em Situação de Rua e dos Catadores de Materiais Recicláveis (Centro Pop Rua).
A Gazeta do Povo esteve no local em maio deste ano e presenciou a situação de abandono do prédio, que havia se tornado um mocó. O imóvel centenário estava fechado há três anos. Em 2018, deverá ser entregue à Academia Paranaense de Letras (APL). Pelo projeto, funcionaria no prédio a partir do ano que vem, além da APL, o Observatório da Cultura Paranaense e um café escola do Sesc-PR.
A Prefeitura havia autorizado neste ano o uso de R$ 1,073 milhão de potencial construtivo - outorga emitida pelo município para que se construa um imóvel acima do limite estabelecido pela lei municipal com a contrapartida de que se mantenha um imóvel histórico - para reforma do palácio. O projeto do revitalização do Belvedere foi desenvolvido por arquitetos do Sesc em parceria com o Instituto de Pesquisa Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).
O vídeo é de autoria de Wellington Nascimento Machado e Cláudio Roberto Stelmak, vigilantes do Museu Paranaense.
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