O suspeito de matar brutalmente Rachel Genofre, Carlos Eduardo dos Santos, de 54 anos, foi interrogado pela Polícia Civil do Paraná na tarde desta terça-feira (24), em Sorocaba, no interior de São Paulo, onde está preso desde 2016. O conteúdo do interrogatório, porém, só deve ser anunciado pela polícia nesta quarta-feira (25). Rachel foi assassinada em novembro de 2008, quando tinha 9 anos. Seu corpo foi encontrado em uma mala na rodoviária de Curitiba com sinais de abuso sexual. Quase 11 anos depois, a Polícia Civil do Paraná conseguiu encontrar um suspeito cujo perfil genético é o mesmo do material colhido no local do crime.
Segundo a polícia, os delegados viajaram até o estado vizinho para agilizar a conclusão do inquérito policial. No entanto, mesmo que esse primeiro contato com o suspeito tenha sido feito em São Paulo, a polícia não descartou o pedido à Vara de Execuções Penais de São Paulo em trazer o homem para Curitiba para reconstituição do crime e um novo interrogatório.
Desde que o suspeito foi identificado por meio do banco de perfis genéticos, na última terça-feira (17), a Polícia Civil e o advogado de defesa da família de Rachel, Daniel da Costa Gaspar, tem feito esforços para que Santos seja transferido para Curitiba para ser ouvido em interrogatório, com o objetivo de reconstruir a cena do crime.
O esforço foi tanto que Gaspar viajou para São Paulo na segunda-feira (23) para estreitar as relações e garantir a agilidade na transferência do detento. Santos está preso desde 2017 na Penitenciária de Sorocaba II por crimes de furto, roubo, estelionato, falsificação de documentos, além de atentado ao pudor e estupro, inclusive de um menor, assim como Rachel. Ele cumpre pena de 22 anos pelos crimes citados.
A Gazeta do Povo não conseguiu contato com o advogado de Carlos Eduardo dos Santos.
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