Principal símbolo de Curitiba, a estufa do Jardim Botânico completa 27 anos nesta sexta-feira (5) e mostra necessidade urgente de manutenção. O parque – inaugurado dia 5 de outubro de 1991 na gestão do então prefeito Jaime Lerner – apresenta atualmente diversos pontos de ferrugem na estrutura metálica, pintura descascada dentro e fora do espaço, vidros trincados, borrachas de vedação danificadas e muita sujeira em toda a vidraça.
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Em junho deste ano, o prefeito Rafael Greca prometeu em suas redes sociais que a estufa seria revitalizada até o fim do segundo semestre de 2018 com limpeza da estrutura metálica, troca de vidros e até aplicação de película protetora de raios solares. No entanto, até agora nenhum dos serviços prometidos começou. A prefeitura, por sua vez, afirma que o processo para a contratação dos serviços de manutenção está em andamento. Leia abaixo o que diz a administração municipal.
Para o motorista Valdir Santos, de 50 anos, o descaso com o principal cartão-postal da cidade é lamentável. “Lembro da inauguração do Jardim Botânico como se fosse hoje. O lugar era lindíssimo e muito bem cuidado. Ver a forma que ele está hoje é muito triste”, afirmou o curitibano.
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Assim como ele, a pedagoga Eliete Cardoso, 57 anos, também conhece o espaço desde sua abertura e afirma que a estufa necessita de limpeza frequente e manutenção. “Se cuidam tão bem da parte do jardim, por que não fazem o mesmo com a estrutura metálica antes que ela estrague por causa da ferrugem e não seja mais possível recuperar?”, questiona.
Até mesmo quem vem de outras cidades do país visitar Curitiba e costuma se encantar com o principal cartão postal da cidade percebe o descaso. “Vi várias borrachas de vedação das janelas soltas”, citou o professor universitário Luciano Carvalho. Morador da cidade catarinense de Blumenau, ele já visitou Curitiba diversas vezes e acredita que um ponto turístico como o Jardim Botânico deveria receber mais atenção. “Do jeito que estão essas borrachas, por exemplo, os vidros podem até se soltar se vier um vento forte”, alertou.
A sujeira nos vidros, na escada e em todo o gradil interno da estufa também chamaram a atenção de visitantes como o arquiteto Vitor Zonzini, 31 anos. Morador de Cascavel, no Oeste do Paraná, ele afirma que imaginava o lugar bem diferente. “Amigos tinham me mostrado fotos que tiraram no início do ano aqui, e parecia que tudo estava bem mais limpo e bem cuidado”, relatou.
O que diz a prefeitura
Segundo informou a prefeitura, a estufa do Jardim Botânico de Curitiba está contemplada no projeto de revitalização do espaço, anunciado pelo prefeito Rafael Greca (PMN) em junho deste ano. O processo de contratação dos serviços está em andamento. Conforme a prefeitura, a estimativa é que os trabalhos sejam finalizados ainda no primeiro semestre de 2019, com valor que pode chegar a cerca de R$ 966 mil. O edital para os serviços no espaço deve ser lançado até o final deste ano. Ainda segundo a administração, outras manutenções deste porte foram vistas apenas quando o espaço era patrocinado por grandes empresas.
Os serviços incluem recuperação de esquadrias, do piso do mezanino, das escadas, das calhas e das estruturas metálicas, vedações, vidros, pintura, implantação de novos corrimões, limpeza total da estrutura, revisão e troca de vidros, além de reforço das estruturas metálicas. Dentro do projeto, o espaço cultural atrás da estufa também vai ganhar revitalização e novos usos, como um café, escola de jardinagem e uma coleção botânica