A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital Universitário Evangélico dobrou de tamanho — e tudo graças à boa ação de uma juíza aposentada que decidiu doar mais de meio milhão de reais para ajudar o hospital. Em memória de sua irmã falecida em 2014, Elizabeth Tae Kinashi entregou R$ 530 mil, que foram usados para aumentar a quantidade de leitos para bebês prematuros que exigem tratamento de alta complexidade.
Com as novas instalações, o Hospital Evangélico passou a ter 40 vagas ao invés das atuais 20. A obra iniciada em agosto de 2016 e encerrada no último mês de janeiro fez com que, além de mais espaço, a ala recebesse uma estrutura equipada com ar-condicionado, sistema de câmera de TV, banheiros para os pais e vestiários para os profissionais que atuam na unidade, além de sala de amamentação.
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Segundo Elizabeth, a ideia de doar o dinheiro à instituição veio como uma forma de eternizar a memória de sua irmã, Maria Homi Kinashi. As duas sempre foram muito envolvidas em atividades filantrópicas e costumavam a debater os problemas e desafios do país, inclusive na área da saúde.
“Quando ela faleceu, todas aquelas conversas sobre ajudar quem precisa serviram de inspiração para salvar vidas e resolvemos ajudar com a reformulação da UTI Neonatal para o SUS”, conta a juíza. “Eu apenas estou cumprindo um pedido dela para destinar seus bens a quem mais precisa”.
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E quem trabalha no hospital já vê as melhorias do novo espaço. A enfermeira supervisora do bloco materno infantil do hospital, Édina Camila Colli, diz que a principal melhora será no atendimento das mães que fazem o pré-natal de risco no Evangélico, e que, por falta de espaço, são obrigadas a internar os bebês em outro hospital. “Com mais leitos, podemos atender um número maior de mães. Isso faz toda a diferença nos cuidados com os prematuros”, explica. Segundo ela, as mães ficam mais tranquilas por ficarem no mesmo lugar que os filhos e aumenta a chance de recuperação das crianças.
Futuro indefinido
E a ajuda veio em boa hora. Considerado centro de referência no tratamento de queimaduras e um dos maiores complexos hospitalares do Paraná, o Hospital Evangélico vive um verdadeiro “pingue-pongue” administrativo. Depois de passar pelas mãos de três interventores, nomeados pela Justiça do Trabalho, o futuro do hospital é incerto.
Sem recursos suficientes para dar continuidade à prestação dos serviços, a atual gestão anunciou no final de novembro do ano passado que o hospital será leiloado. A previsão é de que a hasta aconteça ainda em 2018. No mesmo balaio, a Faculdade Evangélica do Paraná (FEPAR) também será leiloada. Da mesma forma que o hospital, a instituição passou por processo de intervenção, porém, sua situação fiscal está em dia.
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