Iniciado nesta quarta-feira (4), o julgamento dos 13 policiais militares acusados de executar cinco suspeitos de um roubo de carro, em 2009, não terá desfecho rápido. São 56 testemunhas, entre acusação (10) e defesa (46), 12 interrogatórios dos réus, além do debate entre acusação e defesa, que ainda pode gerar réplicas e tréplicas. Após esses passos, ainda há um tempo para que o júri dê sua decisão e depois a sentença do juiz. Doze agentes se apresentaram ao júri, já que o 13.º, que também foi acusado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), está desaparecido. A previsão é de que o júri se estenda ao menos até a próxima semana.
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O primeiro dia do julgamento foi dedicado às testemunhas de acusação. O início estava marcado para as 9h30, mas foi adiado para as 10h25 e ficou mais tempo paralisado pela ausência de quatro testemunhas. A sessão só começou às 11h10. São, ao todo, dez depoentes indicados pelo Ministério Público, e seis haviam sido ouvidas até o terceiro recesso da seção, que ocorreu por volta das 20h30. Mais uma foi ouvida ainda na noite de quarta. Outras três prestarão depoimento nesta quinta-feira e depois será a vez das da defesa.
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A expectativa da defesa dos policiais, comandada pelo advogado Claudio Dalledone, é de que os debates acerca do caso sejam iniciados apenas no sábado (7), e que a sentença seja proferida na próxima semana. Para o jurista, as primeiras testemunhas que falaram no processo acabaram favorecendo a defesa. “Uma avaliação do ponto de vista defensivo sensacional. As testemunhas vêm produzindo uma prova suficiente, que nos dá uma única certeza, que é a incerteza de terem visto alguma coisa”, disse.
O advogado aproveitou o recesso para criticar a acusação e a validade das provas apresentadas até agora no julgamento. “Quem levantar o dedo contra os policiais, que levante com provas seguras, e não com isso que estão tentando aqui, de incrementar, cunhar, policiais como executores”.
A reportagem tentou o contato com a promotoria, mas não obteve sucesso até as 23 horas.
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