Funcionários, professores e alunos do Instituto Paranaense de Cegos (IPC) prometem fazer um protesto a partir das 14h desta quarta-feira (19) em frente à sede da instituição, na Avenida Visconde de Guarapuava, no Centro de Curitiba. A manifestação é contra a decisão da Justiça que determinou o bloqueio das contas e a penhora dos bens do instituto. Com isso, segundo o IPC, não haverá recursos para pagar as contas, adquirir alimentos para os moradores e pagar a segunda parcela do 13° salário dos empregados (que vence no dia 20). Além disso, prejudicará também o atendimento gratuito prestado a pessoas com deficiência visual.
O IPC, que atualmente está sob intervenção judicial, tem uma dívida antiga de R$ 1,5 milhão com a Sanepar e Copel, acumulada de 2001 a 2013. “De lá para cá, estamos pagando as tarifas regularmente. Essa dívida herdada nós estamos tentando negociar com a Sanepar [autora da ação judicial], porque dessa forma ela é impagável. E com o bloqueio ficamos sem recursos para pagar as contas”, afirma Enio Rodrigues da Rosa, administrador judicial provisório do instituto.
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O dinheiro nas contas do IPC em parte é público, fruto de convênios com a prefeitura, governo do estado e outras instituições. “Por força de lei, esse recurso não poderia ser bloqueado e mesmo que todo os nossos recursos sejam bloqueados não vai conseguir saldar a dívida. Nem a conta de água desse mês vamos conseguir pagar”, reitera. Além do dinheiro público, os recursos do instituto provêm de doações e da locação de imóveis da própria instituição.
Os manifestantes não descartam o bloqueio da avenida. “Isso vai ser visto na hora, mas a ideia não é radicalizar. Só queremos mostrar para a sociedade a nossa situação”, diz Rosa. Ele conta que encaminhou um pedido à Sanepar explicando a necessidade de desbloquear as contas e tentar negociar o pagamento da dívida. O IPC também entrou com um pedido de liminar de tutela antecipada, para tentar reverter a decisão judicial e poder honrar os pagamentos de final de ano.
Em nota, a Sanepar informou apenas que “existem processos de execução da Sanepar contra o IPC porque o Poder Judiciário decidiu que existem valores em débito. Os advogados do IPC podem procurar pela Diretoria Jurídica da Sanepar com proposta de acordo para análise e apreciação pela Companhia”.
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