O assassino confesso do jogador Daniel Corrêa Freitas, Edison Brittes Jr., terá que pagar pensão alimentícia de R$ 5 mil à filha do atleta, que tinha pouco mais de dois anos quando o pai foi morto por Brittes, em outubro de 2018. A decisão é da 3ª Vara Cível de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e determina que os pagamentos comecem a ser feitos já a partir de novembro deste ano.
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A juíza Marcia Bosco, que assina o despacho, justificou a decisão alegando que a menina, que mora com a mãe em Minas Gerais, não tem capacidade de se sustentar sozinha. Para o pagamento, a justiça fez bloqueio da posse da casa da família Brittes em São José dos Pinhais.
Em entrevista ao jornal Meio Dia Paraná, a advogada da família do jogador, Giuliana Phittan, entendeu a decisão como proteção à criança. “Ela não tem mais o pai. Era ele quem sustentava a filha, pagava as despesas e hoje ela não tem mais o pai”, declarou Phittan.
A defesa de Edson Brittes Jr. informou à reportagem da RPC que não foi notificada sobre a decisão.
O caso
O corpo do jogador Daniel, com passagem por Coritiba, Botafogo e São Paulo, foi encontrado na manhã do dia 27 de outubro de 2018 em um matagal de São José de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (RMC). A vítima teve o pescoço quase degolado e o órgão sexual decepado.
Antes de ser assassinado, o atleta havia passado a noite na festa de 18 anos de Allana. Depois da comemoração em uma casa noturna no bairro Batel, em Curitiba, o jogador acompanhou a família e outros amigos da jovem para uma outra festa na casa da família Brittes, onde foi espancado e, depois, levado para um matagal em São José dos Pinhais.
Edison Brittes Jr. admitiu ter matado o jogador após supostamente tê-lo flagrado tentando estuprar sua esposa, tese que foi descartada pela investigação. Contra Allana pesam as investigações de ter enviado mensagens a duas testemunhas com o intuito de combinar detalhes do caso que seriam dados à polícia. O encontro ocorreu em um shopping no dia seguinte à morte do atleta.
Além da família Brittes, são réus também no processo David Willian da Silva, por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual; Ygor King por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual; Eduardo Henrique da Silva por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual; e Evelyn Brisola, que responde por denunciação caluniosa e fraude processual.
David, Ygor e Eduardo foram soltos em outubro por decisão judicial e agora respondem em liberdade. Cristiana Brittes foi solta em setembro e a filha dela, Allana, foi solta em agosto. Já Evelyn nunca chegou a ser presa e segue respondendo em liberdade.
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