A juíza Luciani Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal, Júri e Execuções Penais de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, marcou a primeira audiência de instrução e julgamento do caso Daniel Correia Freitas, 28 anos, jogador de futebol com passagem pelo Coritiba e São Paulo assassinado em outubro de 2018. Inicialmente a audiência estava agendada para iniciar dia 27 de fevereiro. Mas a juíza acabou antecipando a data para 18 de fevereiro.
Devem ser ouvidas primeiro as testemunhas arroladas na denúncia, depois as testemunhas de defesa e, por último, os réus: o assassino confesso, o empresário Edison Brites Jr, e a esposa e filha dele, Cristiana Brittes e Alana Brittes, além de dos jovens que estavam na festa na casa da família: David Willian Vollero Silva, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, Evellyn Brisola Perusso e Ygor King.
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Ainda não se sabe quem dos réus será ouvido por primeiro e por último. Mas não se descarta que o empresário Edison seja deixado por último.
Os réus estão sendo processados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (cometido por motivo torpe, com emprego de tortura e que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor, coação no curso do processo (crime “multiplicado” por cinco), denunciação caluniosa e falso testemunho.
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Crime
O jogador Daniel foi convidado a participar da festa de aniversário de 18 anos de Allana em uma casa noturna no bairro batel, em Curitiba. Na saída da casa noturna, já de madrugada, parte do grupo decidiu continuar a festa na casa da família Brittes, em São José dos Pinhais.
Edison alega que cometeu o assassinato porque pegou Daniel tentando estuprar sua esposa, Cristiana, que já estava na cama dormindo. O atleta chegou a tirar fotos e a enviar a um amigo no WhatsApp dele ao lado de Cristiana na cama. A hipótese de estupro, entretanto, foi descartada pela Polícia Civil na investigação.
Daniel foi espancado dentro de casa. O jogador foi levado muito machucado no porta-malas de um carro para um matagal, onde foi assassinado a facadas. Ele também teve o pênis decepado e quase foi degolado.
As investigações do assassinato levaram a polícia a descobrir mais suspeitas sobre Edison Brittes Jr relacionadas a possíveis outros crimes. A moto que o empresário usava estava no nome de um traficante de drogas preso pela Polícia Federal. Já o carro como qual ele levou Daniel para a área rural onde foi assassinado está no nome de uma empresa de material de construção, mas seria de um investigador da Polícia Civil que responde a três processos: assassinato, extorsão mediante sequestro e organização criminosa. Ele está afastado de suas atividades desde junho de 2017.
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