O empresário Antonio Humia Dorrio, suspeito de assassinar um vizinho por causa do som alto em um prédio no bairro Juvevê, em Curitiba, foi solto na noite desta terça-feira (5). A decisão de converter a prisão em flagrante em prisão preventiva foi do juiz Daniel Surdi de Avelar, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba. No entanto, o homem não poderá mais morar no apartamento do condomínio onde aconteceu o crime, na Rua Elbe Pospissil e só poderá retornar ao prédio para buscar seus pertences.
Outra medida cautelar imposta pelo Justiça proíbe o empresário de conversar com testemunhas que já foram ouvidas no inquérito e com quem ainda será arrolado no processo. As medidas foram apresentadas durante a audiência de custódia de Dorrio, que deixou o Complexo Médico-Penal de Pinhais e seguiu em direção à nova residência após 16 dias em reclusão.
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“O juiz entendeu que a liberdade do Antonio não atrapalharia o fim das investigações, já que o inquérito policial ainda não foi concluído. E o juiz também verificou que essa liberdade não interferiria em uma futura ação penal”, defende advogado de defesa do empresário, Bruno Thiele.
No entanto, o Ministério Público alega que, frente à gravidade concreta do crime em análise, a prisão preventiva seria a única solução viável e adequada para garantir a ordem pública.
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O crime
Antonio é suspeito de matar o engenheiro Douglas Regis Junkes, de 36 anos, durante uma briga de vizinhos no dia 20 de maio. Aos policiais, o empresário disse que Junkes ignorava suas constantes reclamações por causa do volume alto do som vindo do apartamento do engenheiro. Dorrio teria ido até o apartamento de Junkes armado com um revólver calibre 38 e disparou quatro vezes contra Junkes. Um dos disparos feriu o próprio empresário, que foi preso ao buscar atendimento no Hospital Cajuru.
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