Postes e luminárias foram mais uma vez arrancados da ciclovia localizada na Linha Verde, entre as estações da avenida Marechal Floriano e Santa Bernadete, na Vila Fanny. Desde o início das obras de reforço na iluminação pública do local, o prejuízo se acumula nos cofres do município e chega a R$ 94 mil, segundo a prefeitura. A insegurança de moradores e comerciantes aumenta em proporções preocupantes.
Bastaram apenas 15 minutos de caminhada pelo local para encontrar muita gente insatisfeita. E com razão, afinal, a reportagem percorreu todo o trecho compreendido entre o viaduto da Marechal Floriano e o viaduto da Francisco Derosso, no Xaxim, e contou só ali 28 postes serrados ou caídos, além de luminárias arrancadas por vândalos, em pouco mais de 3,5 quilômetros.
A sensação de insegurança afasta pedestres e atletas que poderiam usar o espaço para recreação. “Não me arrisco a passar aqui à noite. De dia mesmo tenho receio. Se fosse mais iluminado e seguro, com câmeras por exemplo, eu certamente passaria por aqui mais vezes”, contou o jornalista Paulo Rogério Nielsen, de 53 anos. Ele passa no local todos os dias e acompanhou as obras desde o início.
Apesar de ter sido projetada para receber os curitibanos a qualquer hora, durante a noite é difícil encontrar alguém que se aventure a passar por todo aquele trecho. “Com luz eu já não passo por aqui, imagina sem luz. Sozinha e mulher, à noite, nem pensar”, reclamou a assessora jurídica Stephanie Guerra, de 27 anos.
Stephanie foi surpreendida quando percebeu que os postes estavam serrados em suas bases. Para ela, que costuma passear no trecho mais próximo à Francisco Derosso, foi um choque perceber que houve vandalismo no local. “Eu tenho acompanhado as obras, mas achei que eles tinham começado lá em cima e iriam até lá embaixo. Achei que ainda estavam instalando, por isso estava sem poste. É inacreditável. Não faz nem um mês que instalaram”.
E os postes não são os únicos alvos dos bandidos. Os comerciantes da região também reclamam do vandalismo constante e da falta de segurança. Segundo Bruno Youssef, gerente de uma loja de atacado da região, os prejuízos se acumulam. “Temos problema direto aqui. Já roubaram nossas grades e também nossos postes. Já tentaram entrar aqui várias vezes e, sem os postes, a sensação de insegurança é ainda maior no escuro”, reclamou.
Sem reposição
A prefeitura ainda não retornou ao local para reparos nos postes arrancados. Segundo o ciclista Paulo Rogério Nielsen está tudo abandonado. “Eles instalaram uma vez só, mas falaram que instalaram duas vezes. É mentira. Foi uma vez só. Não recolocaram nada. Tá tudo escuro aqui”, reclamou.
Segundo Nielsen o problema é observado ao longo de todo o trecho que ele percorre, do Hauer até o Centro. Ele diz ter flagrado dia desses um furto no meio da tarde. “O cara estava trepado no poste na frente do tubo roubando as luminárias. Mas o que adianta denunciar? Com gente roubando malas e malas de dinheiro e ninguém faz nada, porque vão pegar um ladrão de fios de cobre?”, desabafou.
Em nota, a prefeitura de Curitiba informou que “a Guarda municipal e a Polícia Civil têm feito um trabalho em conjunto para tentar coibir estas ações, além de identificar os receptadores desse tipo de material”. Ao longo de 2017, a Guarda Municipal registrou 11 ocorrências de furtos de postes e fiação na Linha Verde.
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