Uma lancha naufragou no Canal da Galheta, em Paranaguá, no Litoral do Paraná, no fim da tarde de quinta-feira (1.°) . A embarcação transportava cinco passageiros. Todos vestiam colete salva-vidas e foram resgatados sem maiores problemas. A Capitania dos Portos confirmou a ocorrência e disse que a lancha ainda estava submersa na tarde desta sexta-feira (2).
De acordo com a Associação de Barqueiros do Litoral Norte do Paraná (Abaline), o acidente aconteceu depois de a lancha, que não é integrantes da entidade, passar na onda provocada por um navio, entre a Ilha do Mel e Pontal do Paraná – mesmo trajeto onde um barco com 88 passageiros afundou no começo de janeiro.
Assista ao vídeo dos momentos após o acidente
“Pelo que se sabe, a embarcação foi para o fundo na hora. Não teve como resgatar, mas, por sorte, todos estavam com coletes e havia um barco nosso passando por ali que fez o resgate destes passageiros”, descreveu Odair Junglos, um dos diretores da Abaline.
Ainda de acordo com os relatos, na lancha estaria uma família de Brasília. Um morador da Ilha do Mel também estava entre os passageiros e ajudou a agilizar os resgates.
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Para Junglos, o segundo acidente semelhante em menos de dois meses reflete a falta de fiscalização no serviço de transporte de passageiros no Litoral. Segundo o diretor da Abaline, lanchas que fazem o serviço de táxi náutico na região geralmente têm documentação legal emitida pela Capitania dos Portos, mas fazem as viagens fora de um programa de regulamentação, o que pode fragilizar a segurança no transporte. “Eles trabalham em portos clandestinos e, como não pagam imposto, cobram mais barato. Aí é mais fácil pegar as pessoas desinformadas, como muitos turistas”, acusa Junglos.
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Reportagem da Gazeta do Povo publicada em janeiro levantou a questão de que, sem fiscalização, a entrada sem controle de turistas na Ilha do Mel pode estar se tornando uma realidade. Uma das principais áreas de preservação do Paraná, a ilha tem capacidade máxima de 5 mil pessoas por dia, mas a falta de água constante durante a temporada pode ser um indício de que este limite não está sendo cumprido.
A Capitania dos Portos informou ainda que um inquérito foi aberto para averiguar as circunstâncias do acidente. A investigação deve durar 90 dias.
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