Bada-bing, bada-boom: sensação dos anos 90, Beakman inspira fãs de várias idades

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Se a chuva maltratava quem estava no Parque Barigui para correr, fazer um piquenique ou só passear com a família, quem foi direto ao pavilhão da Expo Renault Barigui neste sábado (31) à tarde nem sentiu o tempo mudar. Lá dentro, toda a cultura geek estava em polvorosa pelo fim de semana da Geek City 2019.

A cada canto que se olhasse era possível encontrar centenas de personagens da cultura geek. Desde os mais reconhecíveis ao público leigo, como o Thor, o Homem-aranha e o Homem de Ferro, às figuras quase desconhecidas.

Quem, por exemplo, se lembrava do Chapeleiro Louco (não o Maluco, da Alice no País das Maravilhas) na história do Batman? Pois o Marcel Romano, de 25 anos, conhece e é um fã. “É um personagem que acha que o Chapeleiro Maluco, da Alice, é real”, explica o jovem.

Amanda Gabrieli, de 18 anos, precisou soletrar o nome da personagem que estava caracterizada: Ahri KDA Edição Prestígio. Quem joga League of Legends sabe. Quem nunca jogou, não faz ideia, como eu.

Mas mesmo quem jamais ouviu falar em Maga Negra (outra personagem que pipocava pelos estandes), ou só viu a Jade no Mortal Kombat, consegue reconhecer de longe aquele homem de cabelo preto espetado e jaleco verde-limão. Bada-bing, bada-boom, bada-Beakman!

Sejamos justos, a fila para o meet and greet com o ator norte-americano Paul Zaloom não era tão quilométrica quanto aquela para o ator dinamarquês Alex Hogh Andersen, da série Vikings. Ainda assim, não era menos prestigiada.

Quando soube que o Beakman estaria em Curitiba, o professor de cursinho Marcio Hollweg, de 49 anos, não pensou duas vezes para comprar o ingresso. “Ele foi uma inspiração para eu virar professor. Quando preciso me fantasiar para aulões de revisão, vou de Beakman”, diz Marcio, mostrando que veio a caráter falar com o ídolo. “Adorava como ele transmitia as informações científicas de forma divertida”, completa.

Na saída do encontro, João Pedro Muniz Brantes, de 10 anos, está com os olhos brilhando. É de se admirar que alguém tão novo fosse fã de um personagem que fez sucesso na década de 1990, mas quando o pai, Marcelo Brantes, consultor comercial de 36 anos, surge com o mesmo olhar, tudo se explica: o fã raiz era ele.

“Era minha rotina ver o Beakman na TV Cultura. Eu passei a assinar a revista Superinteressante por causa dele. Quando vimos que o Beakman vinha para cá, começamos a maratonar os programas no Youtube, eu e ele (o filho), pela tela do celular mesmo”, relata Marcelo, que trouxe a família de Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba.

No encontro com Beakman, quem mais falou foi o João Pedro, que mesmo com pouca idade já domina o inglês. “Contei para ele que meu pai mostrou todos os vídeos dele”, diz o menino. “Ele virou fã”, completa o pai. Ao lado deles, outra fã: a tia Juliana Galarda, supervisora de RH de 45 anos. Ela foi a responsável pelas fotos extraoficiais do encontro e declara: “Gostava mais do Lester”.

A nostalgia trouxe Melissa Costa, servidora pública de 39 anos, com Conrado Mafra, de seis anos, para ver o astro da infância. “Eu assistia muito nos anos 90 com o meu irmão. É bacana conhecer e ver de perto o ator. Gostava muito do Lester também e das assistentes”, diz.

Já Tiago Rosa, de seis anos, recebeu um conselho especial do Beakman quando soube que o menino era fã das experiências científicas: “continue gostando de Ciências”.

“O Beakman disse que gostou do jaleco do Tiago e falou para que ele continue gostando de Ciências. Ele fez parte da minha infância e como o Tiago gosta dessas experiências, ele tem até um canal no Youtube onde faz coisas parecidas, tive que trazê-lo”, conta Rafaela Rosa, professora universitária de 38 anos.

Em tempos de terraplanismo, movimento antivacinação e negação do aquecimento global, o Beakman continua inspirando e incentivando gerações mais velhas e novas na paixão pelo conhecimento científico. O Geek city continua no domingo (1/09), das 13h às 19h40, no Expo Renault Barigui, no Parque Barigui.