No novo museu egípcio Rei Menino de Ouro: Tutankhamon que abriu ao público no dia 7 de setembro, em Curitiba, o visitante pode se sentir no papel dos arqueólogos pioneiros que descobriram as tumbas dos faraós e relíquias do antigo Egito no começo do século 20.
A Gazeta do Povo entrou com exclusividade no espaço que fica na rua Nicarágua (do outro lado da rua está o Museu Egípcio da Ordem Rosa Cruz) no bairro Bacacheri.
O museu teve seu conceito idealizado pelo arqueólogo egípcio Zahi Hawass. O apresentador do programa O Caçador de Múmias, no canal de TV History Channel, é a maior autoridade mundial no assunto atualmente.
Zahi esteve presente tanto na inauguração quanto em um pré-evento, na sexta (6), no qual fez uma palestra sobre o Rei Tut.
Especialista na vida do jovem Rei Tut, que governou o Egito entre os anos 1333 a 1323 a. C, o historiador e sua equipe dedicaram toda a mostra ao curto e importante reinado que mudou a trajetória na civilização egípcia.
“Tutankhamon foi um governante que revolucionou a história do Egito, pois ele rompeu com a mudança promovida por seu pai, Akhenaton, restabelecendo as tradições primordiais da civilização egípcia”, explica Ewerson Dubiela, historiador do Complexo Egípcio Rosa Cruz.
Ao contrário do Museu Egípcio e Rosacruz, que trabalha uma exposição temática diferente a cada dois anos, o museu em homenagem ao jovem faraó vai manter a exposição permanente.
Visita em 4 partes
A experiência do visitante está dividida em quatro partes. A primeira mostra como foi o período das grandes escavações no Cairo, nas primeiras décadas do século 20 e como o arqueólogo britânico Howard Carter conseguiu financiar e organizar a exposição que encontrou a tumba do faraó Tutankhamon, em 1922.
A maior parte do material fotográfico da exposição de Carter está reproduzido na entrada da mostra.
A segunda parte faz um estudo de como era a vida de um monarca egípcio desde a infância mostrando desde os jogos com que o jovem faraó brincava como muitos dos cinco mil objetos que foram encontrados em sua tumba.
Um dos destaques desta parte é a biga, o carro de guerra que era usado não apenas em batalhas, mas também pelas famílias privilegiadas da civilização egípcia.
Uma das versões sobre a causa da morte de Tutankhamon são ferimentos decorrentes de uma queda de uma biga como a que está reproduzida numa das salas do primeiro andar da mostra.
Todas as peças foram confeccionadas pelo laboratório do Conselho de Antiguidades do Egito, no Cairo. São réplicas perfeitas das peças originais que reproduzem inclusive as imperfeições, rachaduras e desgastes dos artefatos.
No segundo andar, a exposição está dividida entre religião e vida após a morte e sepultamento.
Na primeira sala, a mitologia egípcia é estudada como a relação da religião com a morte e os ritos funerais. Inúmeros objetos que estavam na tumba do faraó estão nessa sala.
A tumba do Faraó
O melhor fica paro o final. A exposição termina numa sala que replica exatamente o tamanho da tumba que foi a última morada do faraó, tal qual ela foi descoberta pelos arqueólogos.
As pinturas e relevos das paredes estão cobertas por material fotográfico de alta precisão produzido pelo laboratório italiano Rosso.
Somado ao Museu Egípcio e ao Bosque Rosa Cruz , o novo museu Rei Menino de Ouro: Tutankhamon forma o maior complexo de arte e cultura egípcia no país e na América Latina.
“Queremos que nosso visitante que ele tenha a sensação de estar o máximo possível no Egito para entender a grandiosidade que esta civilização teve e aqui a gente consegue mostrar um pedacinho da do Egito para as pessoas”, disse Dubiela.
SERVIÇO
Onde: Museu Rei Menino de Ouro: Tutankhamon (Rua Nicarágua, 2620, Bacacheri)
Entrada: R$24 (inteira) e R$12 (meia-entrada).
Horários:
De terça a sexta das 08h às 12h e das 13h às 17h30
Sábados das 10h às 17h
Domingos das 13h30 às 17h
Feriados das 10h às 17h
*O acesso às instalações dos museus é permitido até meia hora antes do horário de fechamento.
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