Há algum tempo, a ciência sabe que os eclipses são apenas alinhamentos previsíveis entre a Terra, a Lua e o Sol e que, no fundo, não há perigo real para a vida na Terra. Nem sempre foi assim.
Durante séculos os povos olhavam para o céu com medo e fascínio quando um corpo celeste escondia o outro.
“Ao longo dos tempos, as civilizações reagiam aos eclipses de forma diferente. Reis perderam coroas, surgiram lendas e mitos até a ciência explicar o fenômeno”, conta a curitibana Norma Teresinha Oliveira Reis.
A história dos eclipses foi um dos temas que Norma estudou na Nasa, a agência espacial americana, durante um período de estágio em 2008.
A curitibana vai contar detalhes de seus estudos e experiências na Nasa no dia 11, às 18h30 na palestra que fecha a Semana Mundial do Espaço, evento internacional que acontece pela primeira vez em Curitiba.
A Space Week começa nesta sexta (4) no Planetário do Colégio Estadual (CEP) e nas duas sedes, no centro e no Cabral, da escola de inglês Interamericano.
O evento é uma celebração internacional da ciência e tecnologia espacial. Durante a Space Week, que ocorre em todo mundo ao mesmo tempo, vários eventos e programação educacional relacionado ao espaço será exposto aos visitantes.
São filmes, palestras e observação astronômica. Em Curitiba há ainda uma sessão exclusiva no Planetário com o professor Francisco José Gomes Ribeiro do CEP. Todos os eventos são gratuitos. Veja detalhes.
As datas que delimitam o evento comemoram acontecimentos marcantes da era espacial: no dia 4 de Outubro de 1957 foi lançado o Sputnik I, o primeiro satélite terrestre construído pelo homem e o Tratado de Exploração Pacífica do Espaço Exterior foi assinado pelos estados membros da ONU no 10 de Outubro de 1967.
Do Halley a Nasa
Em sua palestra, Norma vai contar sua trajetória pessoal e profissional. Da menina que viu fascinada, pela luneta de seu pai, a passagem do Cometa Halley pelos céus do Brasil em 1986 e passou a organizar um clube de estudos espaciais com os colegas de escola, até a acadêmica que fez todos os esforços até que as portas da Nasa se abrissem.
Norma, que é pedagoga, estuda como a experiência espacial pode tonar mais envolvente o estudo das ciências como física, química e matemática.
Durante toda a festa, ela estará num stand dividindo sua experiência única com os visitantes.
A curitibana permaneceu na agência espacial entre maio e agosto de 2008. Norma chegou à Nasa quando cursava mestrado na International Space University, na França.
Um projeto sobre a adoção da educação espacial nas escolas foi aceito por um dos professores, que lhe abriu as portas da agência norte-americana. Foram quatro meses transformadores, segundo ela.
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