Um passeio por trilhas da Mata Atlântica que passam por belíssimas paisagens floresta, restinga e mangue, cheio de animais silvestres, e com a possibilidade de conhecer a técnica tradicional de extração de Palmito Juçara no Litoral do Paraná.
Esses são alguns dos atrativos do Parque Estadual do Palmito, em Paranaguá, um dos passeios mais bonitos e menos conhecidos do Litoral paranaense.
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Ampliado após ser transformado em parque estadual em 2017, o Parque Estadual do Palmito tem origem na antiga Floresta Estadual do Palmito.
A área de preservação é enorme: um total de 1,7 mil hectares - o equivalente a 1,7 mil campos de futebol. Quando ainda tinha status de floresta, a área era de 400 mil hectares.
Com a transformação em Parque Estadual, a área ganhou também a proteção integral com a permissão de apenas o uso indireto dos recursos naturais como em pesquisas científicas e no turismo ecológico, por exemplo.
A função do parque é combater a exploração ilegal e predatória de palmito nativo, garantir a conservação de um importante remanescente de Floresta Atlântica Nativa.
“Somos muito procurados por grupos de estudantes, desde o ensino médio até pesquisadores universitários. Aos poucos, porém, temos recebidos mais veranistas e moradores do litoral para conhecer as belezas do parque”, disse Aneuri de Lima, gestor do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), responsável pelo parque.
Acesso e horários
O acesso ao Parque Estadual do Palmito se dá pela rodovia PR 407, na altura do km 4,5. Os fundos do parque são as áreas dos manguezais da Baía de Paranaguá.
As três trilhas que juntas chegam a 20 km (entre o trajeto de ida e volta) que cruzam o parque de uma ponta a outra, são a grande atração do passeio.
Os caminhos possuem uma fauna e flora características cheias de árvores de grande porte, orquídeas, bromélias, e animais silvestres que mostram como é a cultura local de manejo do palmito Juçara.
O parque também é referência em avifauna: podem ser observadas mais de 250 espécies de aves.
Entre as mais vistas se destacam o supi-de-cabeça-cinza, o tangará e a rendeira. Também é possível observar a fauna nativa, como o cachorro-do-mato, tamanduá-mirim, gato-do-mato-pequeno, entre outros.
Aneuri explica que em toda a sua extensão o Parque Estadual do Palmito comporta três tipos de vegetações distintas. “Na primeira parte é de floresta ombrófila, com árvores de grande porte. A trilha em forma de túnel que torna mais amena em 10 graus a temperatura dentro dele. A segunda parte e de restinga e a parte final é de uma área bastante preservada de manguezais da baía”, explica.
O parque funciona de segunda à sexta, das 8h às 18h. As vistas podem ser agendadas pelo telefone 3424-5016. “Pedimos que as visitas sejam agendadas com antecedência, pois a área de mata é muito grande”, explica Aneuri.
Bicicletas nas trilhas
A novidade desta temporada é que o IAP passou a permitir que as trilhas sejam feitas de bicicleta desde que previamente marcadas e que os grupos tenham no máximo cinco ciclistas.
Segundo o técnico, os visitantes precisam tomar alguns cuidados. “Nessa época do verão, o calor é intenso e são muito comuns as mudanças bruscas de tempo e as chuvas fortes. Também há uma grande incidência de mosquitos e pernilongos. A arma do visitante é o repelente”.
A Floresta Estadual do Palmito é uma das 68 Unidades de Conservação no Paraná, das quais 29 abertas à visitação pública.
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