Casa de Custódia de Curitiba foi palco da rebelião mais longa no Paraná nos últimos dez anos.| Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná

Vinte e três presos que participaram da rebelião na Casa de Custódia de Curitiba (CCC), que terminou na manhã desta quinta-feira (5), podem responder por mais um crime a partir de agora. Ainda nesta quinta, eles serão levados para a Central de Flagrantes, no 8° Distrito Policial, no bairro Portão, para dar explicações à Polícia Civil sobre os cinco agentes penitenciários mantidos reféns pelo grupo. Há possibilidade de que, com isso, eles respondam por cárcere privado.

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A informação foi confirmada pelo Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, o coronel Elio de Oliveira Manoel. Mais cedo, o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) já tinha dito que, além de cárcere privado, eles podem responder por tortura e destruição do patrimônio – embora, segundo a secretaria, as revistas feitas na CCC ainda pela manhã desta quinta não tenham apontado nenhum dano na unidade.

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“Eles são suspeitos de terem sido aqueles que efetivamente praticaram o movimento e, em tese, há prática do crime de cárcere privado contra os funcionários que foram mantidos como reféns. Então, isso precisa ser apurado pela Polícia Civil”, afirmou o coronel.

Por questões de segurança, a secretaria não informou mais detalhes sobre o comparecimento dos presos na Central de Flagrantes.

A rebelião na Casa de Custódia de Curitiba chegou ao fim por volta das 8h desta quinta, depois que o último dos cinco agentes penitenciários mantidos reféns foi solto. A rebelião durou cinco dias e, conforme o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), é a mais longa do sistema carcerário do Paraná dos últimos dez anos.

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O refém solto na manhã desta quinta era o último de um grupo de agentes retidos pelos amotinados. O Departamento Penitenciário do estado (Depen) comunicou que, como os demais agentes retidos, ele teve ferimentos leves e foi encaminhado para o hospital por precaução.

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Ao todo, 172 homens estavam detidos na ala da rebelião, mas ainda não se sabe quantos deles estão efetivamente ligados à situação.A principal reivindicação dos amotinados era a volta de sete presos levados da CCC. Segundo o grupo, eles corriam risco de morte nas unidades para onde foram levados por serem todos de oposição à facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Como parte das negociações, o Departamento Penitenciário do estado (Depen) disse que já estava em andamento a remoção de presos de uma facção que estavam em celas especiais – chamadas seguro – das unidades em que predominantemente custódia detentos de facção rival.