| Foto: Vivian Faria/Gazeta do Povo

Desde o início desta semana, o desembarque dos ônibus da linha Centenário/Campo Comprido nas estações tubo Del. Amazor Prestes e Professora Maria Aguiar Teixeira, ambas no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba, é feito apenas pela porta 2. Ou seja, a porta 4 não abre em alguns horários. A mudança é restrita a dois períodos do dia, das 11h30 às 12h30 e das 17h às 18h, e, conforme a Urbs, tem o objetivo de evitar a ação dos fura-catracas.

CARREGANDO :)

A empresa detectou que uma grande quantidade de alunos de escolas da região tentam entrar nos ônibus da linha sem pagar, principalmente nos horários em que correspondem ao término dos turnos da manhã e da tarde. Segundo o setor de fiscalização da Urbs, neste ano, a média de invasões nestes locais tem variado de 40 a 50 por dia.

Detalhe do cartaz no ônibus 
Publicidade

A medida não tem duração definida e o retorno do desembarque pelas portas 2 e 4 depende dos resultados obtidos nesse momento. Até o momento, a restrição não foi aplicada em nenhuma outra estação tubo ou linha, porém, a ideia não está descartada.

Normalmente, o desembarque dos ônibus biarticulados ocorre pelas portas 2 e 4. Já a 1 e a 5 abrem nos terminais e estações-tubos maiores, como Passeio Público, Estação Central, Eufrásio Correia, entre outros. E a porta 3 é destinada ao embarque nos veículos, e também ao desembarque nos casos em que a pessoa quer retornar a um tubo comum.

Fura-catraca

A Urbs informa ainda que, em 2016, a estação tubo Professora Maria Aguiar Teixeira, que fica na Avenida Presidente Affonso Camargo, entre as ruas Nossa Senhora de Fátima e Sétimo Simionato, ficou em segundo no lugar no ranking de estações tubo em que mais pessoas conseguiram furar as catracas. A campeã de problemas foi a estação do Passeio Público.

Também fazem parte do “top 10” as estações tubo Antônio Lago (Boa Vista), China (Bairro Alto), Eufrásio Correia (Centro), Dentran (Tarumã), Osternack (Sítio Cercado), Rio Barigui (Campina do Siqueira), Arroio Cercado (Sítio Cercado) e Carlos Dietzsch (Portão). A estimativa do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) é de que o prejuízo mensal médio provocado pela ação dos fura-catracas seja de R$ 400 mil por dia, ou seja, mais de R$ 4,5 milhões por ano.

A associação também fez uma pesquisa em 2016 que apontou que 39% dos fura-catracas eram estudantes.

Publicidade