Não é todo mundo que reclama da falta de combustível causada pela greve nacional dos caminhoneiros, que neste sábado (26) chega ao sexto dia . O motorista de aplicativo Renato Pereira Lima Jr conta que como as pessoas estão sem combustível para rodar em seus próprios veículos, a procura pelo serviço cresceu com a crise do desabastecimento.
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“Bati minha meta de R$ 300 em cinco horas na noite de sexta-feira. Normalmente trabalho 12 horas, das 17h às 5h, para isso. Um dos passageiros que peguei até disse que tinha quatro carros na garagem mas nenhum com combustivel”, airma Renato que, apesar do lucro, teve de encarar horas de fila em um posto no bairro Água Verde para abastecer seu carro neste sábado.
Alguns motoristas, porém, falam que mesmo com muitas corridas, o preço do combustível e as horas paradas esperando para abastecer fazem com que o trabalho não compense tanto. “É bom pelo movimento, mas ruim pelo preço da gasolina.Sexta-feria paguei R$ 5 no litro da aditivada e só abasteci porque já tinha gasolina, daí só completei o que faltava. Se estivesse sem combustível nem abastecia”, disse Alexandre Kern.
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Outro motorista de aplicativo, Gilberto Ayres, disse ainda que a tarifa dinâmica do aplicativo está limitada. “Parece que foi pedido pela prefeitura e a Uber está limitando a 2.1, o que também é ruim para nós”.
Desde a noite de sexta-feira, alguns aplicativos têm falhas no atendimento por causa da falta de combustível. A demora na espera por carros está acima do normal e a 99, um dos principais apps, chegou a publicar uma nota aos passageiros informando das falhas que podem acontecer.
Motoboys
Além dos motoristas de aplicativos, a procura por combustíveis neste sábado também é grande por outras duas classes profissionais: motoboys e taxistas. No posto da esquina das avenidas Getúlio Vargas e República Argentina, no Água Verde, havia uma fila exclusiva para motoboys na manhã deste sábado - fora os que foram a pé buscar combustível.