Mais de 250 animais silvestres ou em situação de maus-tratos foram resgatados em operações realizadas Rede de Proteção Animal em conjunto com a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) da Polícia Civil somente entre os meses de fevereiro e abril em Curitiba e Região Metropolitana. Com uma média de quase duas apreensões por semana, as equipes já salvaram desde animais de estimação a espécies ameaçadas em extinção.
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O caso mais recente desses recolhimentos aconteceu na última quarta-feira (24), quando as equipes recolheram uma cobra píton de 6,5 metros — o maior animal já resgatado no Paraná — e duas aranhas em uma casa em Piraquara. Os animais estavam sendo criados de forma ilegal, sem qualquer documentação ou licença. Uma semana antes, no dia 17, um cão que estava em situação de extremo abandono foi resgatado na Vila Sabará. De acordo com a Rede de Proteção Animal, o cachorro estava com problemas de pele e infecções severas por causa da falta de tosa e da péssima situação de higiene do local em que ele se encontrava.
Episódios como esses ilustram uma situação que tem se tornado recorrente na capital paranaense. Segundo a prefeitura, a Central 156 recebe cerca de 30 denúncias sobre maus tratos e posse ilegal de animais silvestres por dia e que as operações começaram justamente para dar celeridade às ações de fiscalização.
“Apreendemos nesse período gaviões carcará, araras, canários-belgas, pintassilgos, canários-azulões, coleirinhas, curiós. São animais em extinção que precisam do devido cuidado", explica o delegado do DPMA, Matheus Loiola. "Eles não podem ser usados em comércio ilegal ou mesmo permanecer com pessoas que não têm autorização expressa do Ibama”, explica. Segundo ele, o bom resultado da parceria com a prefeitura deve fazer com que ações semelhantes comecem a ser feitas em outras cidades do estado.
Esse aumento no número de ocorrências resultou também num crescimento no total de autuações. Nesses três meses de fiscalização intensificada, foram aplicadas R$ 250 mil em multas somente pela prefeitura de Curitiba e cerca de 30 pessoas foram detidas por maus-tratos ou posse de animais silvestres em cativeiro. As penas podem varias de três meses a um ano de prisão.
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