A Unidade de Vigilância de Zoonoses de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), confirmou o sexto caso de morcego encontrado com raiva na RMC. O animal foi encontrado no último dia 2 de outubro nas proximidade de um rio. Exames confirmaram que o morcego estava contaminado
Prevenção: Raiva humana é rara, mas exige cuidados
Segundo a prefeitura de São José dos Pinhais, o morcego estava caído na grama de um terreno no bairro Boneca de Iguaçu. Ele foi retirado do chão - com o uso de luvas e sacolas - e encaminhando para a Unidade de Vigilância de Zoonoses.
Seis casos
Dos seis casos já confirmados de morcegos com raiva encontrados na RMC neste ano, quatro deles em Curitiba. No primeiro, em maio, o animal foi encontrado dentro de um apartamento no bairro Ahú, em Curitiba. Antes disso, houve registros nos bairros Atuba, Alto da Glória e Cajuru.
No fim de setembro, outro morcego contaminado foi encontrado em Araucária, na região metropolitana.
O que fazer ?
A Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba orienta à população para evitar contato com o morcego, esteja morto ou vivo. Caso um destes animais seja encontrado, a indicação é isolar o local, fechando a porta do cômodo, por exemplo, ou prendendo o morcego com um balde, caso esteja no chão. Dessa forma, é possível evitar o contato com animais domésticos e pessoas.
Em momento algum se deve tocar no animal. A solicitação de remoção deve ser feita pelo telefone 156.
Segundo o coordenador da Unidade de Vigilância em Zoonoses, Juliano Ribeiro, no entanto, a grande maioria dos morcegos encontra-se saudável e tem papel biológico importante no controle de insetos e na disseminação de sementes. Por isso, não se deve matar estes animais.
Como explica a chefe de divisão de vigilância de zoonoses e intoxicações da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), Tânia Portella Costa, encontrar esses animais durante o dia já deve ser tratado como um sinal de alerta. “Os morcegos são animais de hábitos noturnos. Então, se forem encontrados caídos durante o dia, pode ser que esteja doente”, afirma. “Se encontrar nessas condições, seja vivo ou morto, é preciso avisar o sistema de saúde do município para que seja feita a emoção segura”.
Desde 2010, Curitiba não registra caso de raiva em felinos. Desde 1981 não registra caso de raiva canina. E, desde 1975, não há casos em humanos.
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